10 Coisas Que Todo Mórmon Deveria Saber

 
 
Andrew Ainsworth, para o site Mormon Matters
publicado em 13 de janeiro de 2008
Traduzido por A.Flauber D. Barros.'.
Enviado por Abdias Flauber Dias Barros


Em minha visão, as necessárias mudanças na cultura Mórmon não requer que membros da Igreja saiam de seus conselhos de liderança. Ao contrário, creio que as mudanças mais necessárias são aquelas que os membros da Igreja “apanham” (no sentido de entender) o que as Autoridades Gerais já lhe disseram. Em minha opinião, uma das mudanças mais necessárias na cultura Mórmon é eliminar a tendência dos membros da Igreja de elevar por deveras seus líderes e suas doutrinas a um estado de perfeição mítico e livre de imperfeição.
A seguinte lista de 10 coisas que acredito que todo Mórmon deveria saber para evitar desenvolver expectativas absurdas sobre a Igreja, sua doutrina e seus líderes. Você poderia considerer este coquetel de princípios estabelecidos como uma “vacina” para prevenir que os Santos dos Últimos Dias se tornem desiludidos por apenas uma simples dificuldade ou controvérsia sobre a Igreja.

1. Nossa compreensão é incompleta. Uma das Regras de Fé diz que Deus “... ainda revelará muitas grandes e importantes coisas pertencentes ao Reino de Deus.” (9ª. Regra de Fé.) As palavras-chave “ainda revelará” (significam que não aconteceram ainda), “muitas” (entenda-se não poucas), e “grandes e importantes coisas” (leia-se não apenas poucos detalhes). Logo, a Igreja oficialmente reconhece que não temos a compreensão completa; Nós não dizemos que sabemos tudo. Então, se uma doutrina em particular ou regra não faz sentido para você, pode ser que ainda nos falte uma peça importante do quebra-cabeça. E porque nossa compreensão é incomplete, devemos esperar por mudanças na doutrina da Igreja e regras à medida que a Igreja cresce “linha sobre linha, preceito sobre preceito” em direção a um maior entendimento dos caminhos de Deus.

2. Líderes da Igreja não alegam ser infalíveis. Elder Faust disse claramente: “Nós não fazemos alegações de que somos infalíveis ou de perfeição nos profetas, videntes e releladores” (James E. Faust, “Revelação Contínua,” Ensign, Nov 1989, 8.) Igualmente, Elder Hales disse: “Eu não sou um homem perfeito, e a infalibilidade não vêm com o chamado.” (Robert D. Hales, “The Unique Message of Jesus Christ,” Ensign, May 1994, 78.) Então devemos esperar que ocasionalmente achar nossos líderes sendo seres humanos, pecando e comentendo erros.

3. Nem tudo o que um líder da Igreja diz é inspirado por Deus. O profeta Joseph Smith tinha conhecimento disto “algumas revelações são de Deus: algumas são do homem: e algumas revelações são do opositor.” (B. H. Roberts, Comprehensive History of the Church, 1:163.) Similarmente o site oficial da Igreja recentemente declarou: “Um simples pronunciamento feito por um simples líder em uma simples ocasião muitas vezes representa uma pessoal, bem-considerada, opinião, mas não significa ser oficialmente aceita por toda a Igreja.”
(Veja http://newsroom.lds.org/ldsnewsroom/eng/commentary/approaching-mormon-doctrine.) Então não se impressione se um ‘bem-intencionado’ líder da Igreja erroneamente expressa sua opinião pessoal como se fosse doutrina.

4. As escrituras podem conter imperfeições humanas. Quando a inspiração divina é reduzida a linguagem humana imperfeita, devemos esperar que algumas coisas “se percam na tradução.” (Veja a 8ª. Regra de Fé ["o quanto seja correta sua tradução"]; Livro de Mórmon, página título ["E agora, se existem faltas elas são erros de homens; portanto, não condeneis as coisas de Deus..."].) Também, não se surpreenda se uma revelação ou tradução entregue a por um homem do início do século 19 soa como algo como um homem do início do século 19 diria. (D&C 1:24-25 ["estes mandamentos são meus e foram dados a meus servos em sua fraqueza, conforme a sua maneira de falar..., “... E se errassem, isso fosse revelado;”

5. Profetas não alegam que todas suas inspirações vêm de experiências de conversas face a face com Deus. Quando dizemos que o profeta fala por Deus, Não necessariamente significa que tudo o que ele diz foi dito por Deus diretamente, face a face. Melhor, profetas esclareceram que sua inspiração normalmente vem do Espírito Santo. Elder Packer declarou: “Esta instrução vem através de pensamentos, como sentimentos, através de impressões e insinuações. Nem sempre é fácil descrever inspiração. As escrituras nos ensinam que nós poderemos “sentir” as palavras de comunicação espiritual mais do que ouví-las, e ver com os espirituais mais do que com os olhos mortais. Os padrões de revelação não são dramáticos. A voz da inspiração ainda é uma voz doce, uma voz pequena. Não precisa estar em transe, nem de uma declaração formal. É mais silenciosa e simples que isto.” (Boyd K. Packer, “Revelation in a Changing World,” Ensign, Nov 1989, 14.) Então, como primeiro ponto, devemos esperar algumas imperfeições sempre que alguém toma a decisão de uma tarefa de grandes proporções de reduzir pensamentos divinos em termos humanos. E porque existe algum “espaço para interpretação” em dicernir impressões espirituais, devemos esperar que líderes da Igreja divirjam em suas percepções e visões.

6. Algumas vezes Deus dá aos líderes da Igreja a discrição de tomar suas próprias decisões de acordo com o seu ‘melhor julgamento’. Brigham Young ensinou: “Se eu pergunto a [Deus] para me dar sabedoria concernente a qualquer requisito da minha vida, ou sobre o meu próprio rumo, ou dos meus amigos, minha família, meus filhos, ou àqueles que eu presido, e não obtenho nenhuma resposta Dele, então faço o melhor que meu julgamento irá me ensinar, ele irá limitar e honrar minha decisão.” (Teachings of the Presidents of the Church: Brigham Young, p. 46; see also Hel. 10:5-10, D&C 80:3.) Em outras palavras, às vezes Deus deixa líderes de A Igreja decidirem o que fazer e os coloca seu selo divino de aprovação nele. Então, não se surpreenda se a decisão de um líder da Igreja parecer um reflexo do seu julgamento pessoal em oposição a uma instrução divina.

7. Erros doutrinários podem existir na Igreja. Elder Merrill C. Oaks dos Setenta declarou: “Nossa proteção de doutrinas errôneas está numa crença primordial de revelação contínua do nosso profeta atual” (Merrill C. Oaks, “The Living Prophet: Our Source of Pure Doctrine,” Ensign, Nov 1998, 82.) Eu entendo que esta declaração de ser um conhecimento que erros doutrinários podem existir na Igreja, mas felizmente, estes erros serão identificados e corrigidos com o tempo através de revelação. É Claro, a possibilidade de erros existentes na Igreja não nos deve surpreender se lembrarmos dos pontos de 1 a 6 acima.

8. Nenhum dos pontos acima deve minar nosso testemunho de que as escrituras são a “palavra de Deus,” ou de que os líderes da Igreja são inspirados por Deus. O fato de que um livro de escrituras ou profeta pode se equivocar sobre uma ou mais coisas não os impede de serem inspirados sobre muitas, muitas outras coisas. Nada diz que o dicernimento espiritual de um profeta precisa ser perfeito ou ele seria uma fraude. Como Elder Faust declarou: “Eu testifico humildemente que eu sei que o Senhor ainda guia esta Igreja através de seus servos, mesmo com quaisquer imperfeições pessoais.” (James E. Faust, “Continuous Revelation,” Ensign, Nov 1989, 8.) A idéia que podemos ignorar tudo que um livro de escritura ou um líder da Igreja diz ele tem que ser provado que aquilo ou ele estava errado sobre uma ou mais coisas, é o mesmo que o ditado popular “jogar o bebê fora junto com a água do banho”.

9. Questionando e examinando as declarações de líderes da Igreja não é somente permitido, mas encorajado. Brigham Young disse: “Eu temo mais que estas pessoas tenham tanta confiança em seus líderes que elas não irão perguntar a si mesmas a Deus mesmo que sejam guiados por Ele. Temo que eles se acomodem em um estado de cegueira de auto-proteção, confiando que seus eternos destinos estejam nas mãos destes líderes com a confiança imprudente que por si só frustaria os propósitos de Deus em sua salvação, e debilitaria esta influência que eles poderiam dar a seus líderes, que eles podem sabem por si mesmos, através de revelações de Jesus, que eles foram guiados da forma correta. Deixe cada homem e mulher saber, através dos sussuros do Espírito de Deus por eles mesmos, se seus líderes estão andando no caminho que o Senhor ordena ou não.” (Journal of Discourses, 9:150 [quoted by James E. Faust, "Continuous Revelation," Ensign, Nov 1989, 8].) É claro, existe uma grande diferença entre indagações motivadas por um sincere desejo de saber a verdade e um esforço pre-determinado de provar que a Igreja está errada. A primeira opção é encorajada, enquanto que a segunda é falsa.

10. É leviano concluir que líderes da Igreja estão “errados” sobre algo que não compreendemos ou não concordamos. Humildade e honestidade intelectual requer que reconheçamos que nós somos capazes de pelo menos cometer enganos em nosso julgamento como líderes da Igreja. Em consequência, seria insensato concluir que líderes da Igreja estão “errados”sobre algo ou que certo ensinamento é “falso”. O máximo que devemos dizer é que nós não entendemos algo, ou que sobre aquilo ainda não recebemos testemunho da veracidade de algo. Isto pode parecer semantic, mas existe uma importante diferença entre dizendo a um lider da Igreja “você está errado” ou “você está ensinando uma falsa doutrina”, ou o oposto dizendo, “Eu não entendo a sua posição” ou “Eu tenho um ponto de vista diferente.” Então aqui está o paradox: enquanto nós reconhecemos a possibilidade (e probabilidade) de erros existente na Igreja, sabedoria e humildade devem evitar cada um de nós de concluir que nosso julgamento e dicernimento spiritual é superior ao de nossos líderes da Igreja. Em consequência, nenhum de nós deve concluir que possuímos o julgamento superior necessário para identificar estes erros; esta tarefa está designada aos nossos líderes.


Share/Bookmark ~ quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009 0 Comentários

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