Ser Valente no Testemunho de Jesus, Bruce R. McConkie




Na conferência geral de outubro de 1974, o Élder Bruce R. McConkie definiu o que significa S E R  V A L E N T E”: O que significa ser valente no testemunho de Jesus? Significa ser corajoso e intrépido; usar de toda a força, energia e capacidade na luta com o mundo, combater o bom combate da fé... A grande pedra angular da coragem, na causa da justiça, é a obediência a toda a lei e a todo o evangelho. Ser valente no testemunho de Jesus é vir ‘a Cristo, sede perfeitos nele’, significa negar-nos a ‘todas as impurezas’ e amarmos a Deus, com todo ‘poder, mente e força’ (Morôni 10:32). Ser valentes no testemunho de Jesus significa crer em Cristo e em seu evangelho, com convicção inabalável. Significa conhecer a veracidade e divindade da obra do Senhor na terra. Mas isso não é tudo, é preciso mais do que crer e conhecer. Precisamos ser praticantes da palavra e não somente ouvintes. Significa mais do que dizer palavras: não é simplesmente confessar com os lábios que o Salvador é o Filho de Deus. É, sim, a obediência, submissão e justiça. ‘Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.’ (Mateus 7:21.) Ser valente no testemunho de Jesus é ‘prosseguir para frente com firmeza em Cristo, tendo uma esperança resplandecente e amor a Deus e a todos os homens.’ Significa ‘perseverar até o fim’. (2 Nefi 31:2.) Significa viver a religião, praticar o que pregamos, guardar os mandamentos. É a manifestação da ‘religião pura’ na vida dos homens; significa ‘visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações’, guardando-nos ‘da corrupção do mundo’. (Tiago 1:27.) Ser valentes no testemunho de Jesus é refrear paixões, controlar os apetites, sobrepujar as coisas carnais e diabólicas. É VENCER O MUNDO ou como fez aquele que é nosso protótipo e que foi o mais valente de todos os filhos de nosso Pai. É ser moralmente limpo, pagar os dízimos e ofertas, guardar o Dia do Senhor, orar com plenos propósitos de coração, sacrificar tudo, se assim nos for pedido. Ser valente no testemunho de Cristo é permanecer ao lado do Senhor em tudo. É votar como ele votaria; é pensar como ele pensaria, acreditar como ele acreditaria, dizer o que ele diria, fazer o que ele faria na mesma situação. É ter a mente de Cristo e ser um com Ele, como Ele é um com o Pai.” (Sejam Valentes na Luta pela Fé”, A Liahona, abril de 1975, pp. 40-41.)


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Os Apóstolos Antigos - Parte 2, Presidente David O. McKay



INFÂNCIA E MEIO

"A mocidade é como as plantas: desde os primeiros frutos que produzem nos fazem saber o que esperar no futuro".

Correndo ao norte do Lago de Utah, através de parte da Grande Bacia, e esvasiando-se no Grande Lago Salgado, o Mar Morto da América, acha-se o Rio Jordão. No Lago Utah a água é doce e há grande abundância de peixes; no Lago Salgado, como o próprio nome indica, a água é salgada; e tão salgada que os peixes nela não podem viver. Ao presidente Brigham Young e aos valorosos pioneiros que o acompanhavam, o Vale do Lago Salgado, com o Mar Morto refletindo os raios gloriosos do sol de Julho, eram sem dúvid.i a "terra prometida".

Muito longe, além do Oceano Atlântico, estendendo- se na parte oriental do Mar Mediterrâneo, encon-tra-se um outro mar salgado, um outro Rio Jordão e um outro lago doce, correndo o rio através da "Terra Prometida" ou a "Terra de Canaan". Contudo, se consultarmos um mapa daquele país, veremos que as posições relativas deste lago, rio e mar, são exatamente opostas às de Utah. Na Terra Santa, o lago, de água doce encontra-se ao norte, o Rio Jordão corre para o Sul, para dentro do Mar Morto.

A terra que contém estes três marcos importantes na história, tem vários nomes. Como mencionamos acima, é chamada a Terra Santa, também a Terra de Canaan, a Terra dos Hebreus, ou, ainda, a Casa de Israel, porque os filhos de Jacob um dia lá se estabeleceram. É 'ainda algumas vezes chamada a Terra de Judá, como se chamava um dos filhos de Jacob na Palestina, provavelmente por causa dos Filisteus que viveram, como sabemos, nos dias do menino pastor David.

Tamanho de Canaan — O Lago Salgado tem cerca de oitenta milhas de comprimento e quarenta de largura. A terra de Canaan tem quasi o dobro do comprimento e da largura, ou cento e setenta milhas de comprimento e oitenta de largura. A cidade de Dan encontrava-se ao Norte e Barsheba ao sul.

O lago de água doce da Terra Santa, também tem vários nomes. É geralmente conhecido como o Mar da
Galiléia, mas algumas vezes é chamado Mar de Tiberiades, Lago de Genezaré, Lago de Tiberíades e Mar de Ceneró. Tem cerca de dezesseis milhas de comprimento e seis de largura. "As (águas deste lago se encontram numa profunda bacia, rodeada de todos os lados por colinas, exceto a estreita entrada e saida do Jordão em cada extremo.

Este mar visto da cidade de Capernaum, que está situada perto da extremidade superior da encosta do lado ocidental, parece extremamente grande; seu maior comprimento vai de norte a sul. O aspecto estéril das montanhas que se vêem em ambos os lados e a completa ausência de madeira, dão contudo, uma aparência de tristeza à paisagem que é aumentada com a melancolia da calma morta de suas águas".

No lado ocidental deste lago encontrava-se unia das mais importantes regiões da Palestina, chamada Galiléia. Um escritor antigo diz que em certa ocasião esta província "continha duzentas e quatro cidades e vilarejos, com pelo menos quinze mil habitantes".

Betsaida — Em algum lugar desta província, próvàvelmente muito perto de Capernaum, achava-se uma cidadezinha chamada Betsaida. Havia uma outra cidade com o mesmo nome na parte noroeste, mas é em
Betsaida, perto de Capernaum, que agora estamos mais interessados. Deve ter sido perto do lago, porque
muitas das pessoas que lá viviam ganhavam a vida pescando, não com anzóis e linhas como os meninos pescam hoje em dia, mas com redes, que lançavam ao mar, e passavam pelo lago até que apanhassem os peixes que eram então arrastados para a praia.

Simão — Na casa de um desses pescadores, provavelmente alguns anos antes do nascimento do Salvador, nasceu um dia uma criança a quem seus pais chamaram Simão ou Simeão. Tinha um irmão chamado André (João 1:42-43). O nome de seu pai era Jonas ou Johanas, mas muito pouco se sabe a seu respeito e nada absolutamente a respeito de sua mãe. Nada definitivo se conhece a respeito da infância ou da mocidade de Simão. Contudo, podemos concluir sem medo de errar, pelo que sabemos dos costumes, crenças e práticas dos judeus de seu tempo, que ele vivia numa casa pequena de telhado chato, contendo pouca ou nenhuma
mobília. Sabemos também que em casa e na escola ele aprendeu tudo sobre os profetas no que hoje é o nosso Velho Testamento; que observou estritamente o dia do Sábado, e, o que é mais importante, aprendeu a esperar pelo dia em que o Salvador do mundo viria a Seu povo.

Em fantasia, podemos imaginar Simão, André e seus companheiros de brinquedos divertindo-se na praia da Galiléia; mas é somente em imaginação que podemos ver quaisquer dos acontecimentos da infância de Simão. "Podemos pensar nele. diz George L. Weed, "como um menino útil, auxiliando sua mãe nos deveres da casa — trazendo cuidadosamente as pequenas lâmpadas de argila vermelha para serem enfeitadas, ou o milho para ser amassado, o peixe que seu pai havia apanhado, o carvão para cozinhá-lo, o pão do forno, óleo e pães de mel para serem comidos por ele, ou água do riacho que corria na colina atrás da sua casa, em direção ao lago, ou enchendo as jarras de água ia porta. Não foi ele um orgulho para sua mãe quando pela primeira vez sacudindo a oliveira trouxe as azeitonas para ela como parte de sua refeição frugal, ou quando esparramava o milho e o cânhamo para secarem no telhado chato de sua casa, ao sol do verão? Não foi ele um orgulho para seu pai quando pela primeira vez tomou o remo e mergulhou-o na onda, ajudou a lançar a rede e contou os peixes que haviam apanhado? Ele admirava o voo das pardais e colhia flores — papoulas, margaridas e anémonas — como aquelas das quais o Grande Mestre, a quem ele ainda não conhecia, ensinaria a ele lições de sabedoria e amor. Infantilmente ele colhia conchinhas à beira-mar e fazia buracos na branca areia da praia com um pedaço de pau com o mesmo prazer que uma criança moderna brinca na praia com sua pàzinha e seu balde.

Nenhum dos pescadores que viram Simão com seus companheiros brincando com redes e barcos, jamais suspeitou que quando ele crescesse estaria entre os maiores homens do mundo!

Alguns escritores nos dizem que os Galileus eram geralmente corajosos, destemidos e amavam a liberdade. Os homens davam bons soldados, pois eram "ousados e intrépidos". O menino Simão, ao se tornar adulto, deve ter admirado os homens corajosos que havia ao seu redor, pois ele também se tornou um homem de caráter forte, como vemos pelo primeiro incidente de sua vida que foi registrado.

O NOME DE SIMÃO É MUDADO

Logo após ter Simão se tornado adulto, veio um homem do deserto do Jordão, vestido somente com pêlo de camelo e uma túnica de couro em seus quadris, mas pregando com tal poder que o povo da "Judéia e de todas as regiões ao redor" vieram ouvi-lo. Este grande pregador era João Batista, o precursor de Cristo.
Entre aqueles que vieram ouvi-lo encontrava-se Simão que, sem dúvida alegrou-se ao ouvir este pregador do Arrependimento declarar que o Filho do Homem deveria em breve se manifestar na terra. Simão, André e alguns de seus amigos, creram no que João Batista pregava.

Um dia, quando juntamente com alguns de seus seguidores, João se encontrava perto de Betabara (uma palavra que significa encruzilhada) vendo Jesus que se dirigia para ele, disse: "Eis aqui o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um varão que já foi antes de mim; porque já era primeiro do que eu".

No dia seguinte, 'italvez pelas proximidades das dez da manhã, João estava falando com dois discípulos, eram eles André, irmão de Simão, e João. Caminhando a curta distância deles se achava o mesmo homem a quem João havia apontado no dia anterior, como o Cordeiro de Deus. "E vendo por ali andar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto e seguiram a Jesus".

O Irmão de Simão crê em Jesus — Aceitando o convite de Jesus para acompanhá-lo até onde estava morando, estes dois homens permaneceram com Ele, ouvindo Suas palavras durante o resto do dia. Ao partirem, acreditavam que Jesus fosse o Rei de Israel, o Salvador do mundo. Assim foram eles naquele dia, os primeiros, dois, além de João Batista, a crer em Jesus.

Sempre que temos algo que é muito bom, queremos partilhar com os que amamos. Assim aconteceu com estes dois irmãos. Logo que sentiram a influência divina irradiar do Salvador, encheram-se de grande vontade de fazer com que os que amavam ficassem sob a mesma influência. André saiu a procurar seu irmão Simão e João seu irmão Tiago. André encontrou Simão primeiro e disse: "Já achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo)".

Simão é chamado Cefas — E ele o trouxe a Jesus quando Este o viu, disse: "Tu és Simão, filho de Jonas; lu -serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro)". Naqueles dias os judeus falavam a língua hebraica, mas o Novo Testamento foi escrito em grego. Em hebraico, Cefas significa "pedra", mas em grego a palavra pedra é "Petras" ou Pedro. Assim, daquele momento em diante, Simão foi conhecido como Simão Pedro, ou Simão a Rocha.

Quando pensamentos neste mundo maravilhoso no qual vivemos, em suas grandes divisões de terra chamadas continentes, que no continente ocidental se encontram os países da Europa, Ásia, África; que num cantinho da Ásia, há uma faixa de terra quase só duas vezes maior do que o Lago Salgado; que naquela faixa de terra havia uma divisão como um de nossos estados, chamada Galiléia; que nesta província havia mais de duzentas cidades e que em cada cidade habitavam vários milhares de pessoas, entre as quais um dia nasceu um menino cujos pais eram desconhecidos, e que este menino cresceu para se tornar um homem de tal caráter que Jesus o chamou "A Rocha" e que durante mil e novecentos anos ele foi conhecido e honrado por milhões e milhões de pessoas, precisamos compreender, mesmo em nossa mocidade, que um nascimento humilde não é um impecilho para a grandeza!




Share/Bookmark ~ terça-feira, 28 de dezembro de 2010 0 Comentários

Uma imagem de Cristo não foi queimada pelas chamas


No violento incêndio que destruiu este fim de semana o Tabernáculo Mórmon de Provo, com todo o equipamento de gravação de som e imagem que se encontrava no seu interior para a apresentação do espetáculo “Glória” foi retirado do seu interior um quadro emoldurado, queimado à volta da imagem de Cristo, porém a sua figura manteve-se imune às chamas como a foto documenta.


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A Historicidade Do Livro De Mórmon, Elder Dallin H. Oaks



Alguns que se intitulam Santos dos Últimos Dias crentes estão advogando que os Santos deviam "abandonar a afirmação de que [O Livro de Mórmon] é um registro histórico dos povos antigos das Américas" [1] Eles estão promovendo a possibilidade de se ler e usar o Livro de Mórmon como nada mais do que uma ficção piedosa com algum conteúdo valioso. Esses praticantes das chamadas "críticas mais elevadas" levantam a questão de se o Livro de Mórmon, que nossos profetas têm colocado como a escritura preeminente desta dispensação, é um fato ou uma fábula ou apenas estória.
A historicidade - autenticidade histórica - do Livro de Mórmon é uma questão tão fundamental que se coloca em primeiro lugar sobre a fé no Senhor Jesus Cristo, que é o primeiro princípio em si, como em todos os demais assuntos. De fato, no concernente à historicidade do Livro de Mórmon, existem muitas questões subsidiárias que poderiam cada uma ser assunto de um livro. Não é meu propósito comentar qualquer dessas questões menores, igualmente aquelas que são ditas confirmarem o Livro de Mórmon ou aquelas que dizem, o desaprovam.
Aquelas questões menos importantes merecem atenção. Em discurso anterior a este grupo, Elder Neal A. Maxwell citou explicação de Austin Farrer:
Embora um argumento não crie convicção, a falta dele destrói a crença. O que parece provado pode não ser abraçado; mas aquilo que ninguém demonstra habilidade em defender é rapidamente abandonado. Argumento racional não produz crença, mas mantém um clima através do qual a crença pode florescer. (Austin Farrer, em C. S. Lewis.)
Dessas observações procurarei usar o argumento racional, mas não me fiarei em nenhuma prova. Eu tratarei a questão da historicidade do Livro de Mórmon do ponto de vista da fé e revelação. Sustento que a questão da historicidade do Livro de Mórmon é basicamente a diferença entre aqueles que fiam exclusivamente no conhecimento e aqueles que confiam numa combinação de conhecimento, fé e revelação. Aqueles que confiam exclusivamente no conhecimento rejeitam a revelação cumprem a profecia de Nefi de que nos últimos dias os homens "ensinarão com o seu saber e negarão o Espírito Santo, o qual inspira o que dizer." (2 Néfi 28:4). Os praticantes dessa assertiva focalizam tipicamente um limitado número de questões, tais como a geografia ou "cavalos" ou ministério de anjos ou modelos lingüísticos do século dezenove. Eles ignoram ou acham inacreditável a complexidade do registro do Livro de Mórmon. Aqueles que confiam no conhecimento, fé e revelação procuram olhar para o completo espectro das questões, conteúdo, tanto quanto o vocabulário, revelação igualmente a escavação - ( arqueologia.).
Falando por um instante como alguém cuja profissão é a advocacia, sugiro que, se alguém deseja conhecer a importância da fé e a realidade de um campo além da compreensão humana, o Livro de Mórmon é a hipótese de maior peso a ser debatida. A hipótese contrária à historicidade do Livro de Mórmon tem de provar-se negativa. Não se pode provar uma negativa por ater-se a apenas em um ponto do oponente ou por fundamentar-se em alguns argumentos subsidiários.
Para mim, essa introspecção óbvia leva de volta a mais de quarenta anos atrás, à primeira aula que recebi sobre o Livro de Mórmon, na BYU. A aula intitulava-se, um tanto audaciosamente, a "A Arqueologia do Livro de Mórmon". Em retrospecto acredito que ela deveria denominar-se algo como "Um Antropólogo Examina Alguns Objetos de Interesse para os Leitores do Livro de Mórmon". Aqui sou introduzido à idéia de que o Livro de Mórmon não é uma história de todo o povo que viveu nos continentes Norte e Sul Americanos em todas as idades da terra. Naquele tempo acreditei que assim fosse. Se essa fosse a afirmativa do Livro de Mórmon, qualquer pedaço de prova histórica, arqueológica ou lingüistica ao contrário pesaria contra o Livro de Mórmon, e aqueles que confiam exclusivamente em conhecimento teriam posição promissora com que argumentar.
Ao contrário, se o Livro de Mórmon significa apenas um registro de alguns povos que habitaram uma porção das Américas durante uns poucos milênios no passado, o peso da argumentação muda drasticamente. Não é mais uma questão de todos contra nenhum; é uma questão de alguns contra ninguém. Em outras palavras, nas circunstâncias que descrevo, os oponentes à historicidade têm de provar que o Livro de Mórmon não possui validade histórica para qualquer povo que viveu nas Américas em um dado período de tempo, um exercício notoriamente difícil. Não se pode prevalecer nessa proposição por provar-se que uma cultura esquimó particular representa a migração vinda da Ásia. Os oponentes da historicidade do Livro de Mórmon devem provar que os primeiros povos cuja vida religiosa ele registra não viveram em lugar algum das Américas.
Um outro modo de explicar a força positiva da posição sobre a historicidade do Livro de Mórmon é demonstrar que nós, seus proponentes, estamos satisfeitos com um impasse nessa questão. Investigação honesta concluirá que existem tantas provas de que o Livro de Mórmon é um texto antigo que eles não podem resolver a questão de forma aceitável contra sua autenticidade, a despeito de algumas questões não respondidas que parecem servir de suporte a sua determinação negativa. Nessa circunstância, os proponentes do Livro de Mórmon podem sentar-se para uma ação ou um jure incapaz de chegar a um veredicto sobre a questão da historicidade e manter uma continuidade até que a controvérsia possa ser levada a outro fórum.
De fato, é nossa posição que provas seculares não podem quer provar ou desaprovar a autenticidade do Livro de Mórmon. Sua autenticidade depende, como ele mesmo diz, de um testemunho do Espírito Santo. Nosso lado jogará até para um empate, mas aqueles que negam a historicidade do Livro de Mórmon não podem sentar-se para um empate. Eles podem tentar anular a autenticidade de sua historicidade - ou eles parecem sentir uma necessidade em assim fazer - e nisto não têm sucesso porque mesmo a prova secular, vista em sua totalidade, é muito complexa para tanto.
Hugh Nibley estabeleceu um ponto relacionado quando escreveu:
A primeira regra para a crítica histórica em lidando com o Livro de Mórmon ou qualquer outro texto antigo é, jamais supersimplificar. Devido a todo seu estilo básico e narrativa direta, esta história está repleta, como poucas outras estão, com uma estonteante riqueza de detalhes que escapa completamente ao leitor casual... Somente preguiça e vaidade leva um estudante à precipitada convicção de que ele tem a última palavra sobre o que o Livro de Mormon contém. (2)
Abrindo um parênteses, eu citaria como ilustração desse ponto a língua, a cultura e a matéria descrita em apoio à autenticidade do Livro de Mórmon encontrada na edição persuasiva de Orson Scott Card, "O Livro de Mórmon - Artefato ou Artífice?" (3)
Admiro aqueles estudiosos para quem conhecimento não exclui fé e revelação. Faz parte de minha fé e experiência que o Criador espera que nós usemos o poder do raciocínio como nos concedeu, e que ele também espera que exercitemos nosso dom divino de fé e cultivemos nossa capacidade de ensinar através de revelação divina. Mas essas coisas não vêm sem busca. Aqueles que utilizam o conhecimento e desprezam fé e revelação deveriam ponderar a pergunta do Salvador: Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem de Deus?" (João 5:44).
Deus nos convida a arrazoar com Ele, mas acho significativo que o arrazoar a que Deus nos convida está ligado a realidades espirituais e maturidade mais do que descobertas oriundas do conhecimento ou credenciais. Três vezes nas revelações modernas o Senhor falou a respeito de arrazoar com seu povo. (D&C 45:10, 15; 50:10-12; 61:13; também vejam Isaías 1:18.) É significativo que todas essas revelações foram dirigidas a pessoas que já haviam feito convênio com o Senhor - aos elderes de Israel e aos membros de sua Igreja Restaurada.
Na primeira dessas revelações o Senhor disse que Ele havia enviado seu convênio eterno ao mundo, para ser uma luz para o mundo, um estandarte para seu povo. "Portanto entrai nele; e com aquele que vier eu arrazoarei, como fiz com os homens em dias passados; e mostrar-vos-ei meu forte argumento." (D&C 45:10). Assim, essa oferta divina de arrazoar foi dirigida àqueles que haviam demonstrado fé em Deus, que haviam se arrependido de seus pecados, que haviam feito convênios sagrados com o Senhor nas águas do batismo, e que receberam o Espírito Santo, que testifica do Pai e do Filho e guia-nos à verdade. Esse era o grupo a quem o Senhor ofereceu (e oferece) para ampliar sua compreensão através do raciocínio e da revelação.
Alguns críticos dos santos dos últimos dias que negam a historicidade do Livro de Mórmon procuram tornar suas interpretações propostas persuasivas aos Santos por elogiarem ou afirmarem o valor de parte do conteúdo do livro. Aqueles que aceitam essa interpretação assumem a significativa carga de explicar como eles podem exaltar o conteúdo de um livro que descartam como sendo uma fábula. Jamais consegui compreender interpretação semelhante com referência à divindade do Salvador. Como sabemos, alguns estudiosos e alguns ministros proclamam-No um grande mestre e a seguir têm de explicar como alguém que deu tão sublimes ensinamentos poderia proclamar a si mesmo (falsamente, dizem) ser o Filho de Deus que seria ressuscitado dos mortos.
Os críticos com novo estilo enfrentam o mesmo problema com o Livro de Mórmon. Por exemplo, temos de afirmar o valor dos ensinamentos registrados com o nome de um homem chamado Moroni, mas se esses ensinamentos têm valor, como explicar essas afirmações também atribuídas a esse homem?
E se há falhas (nesse registro) serão falhas de um homem. Mas eis que não conhecemos falha alguma; não obstante, Deus conhece todas as coisas; portanto, aquele que condena, que tenha cuidado para não se expor ao perigo do fogo do inferno. (Mormon 8:17).
E exorto-vos a que recordeis estas coisas; porque se aproxima rapidamente a hora em que sabereis que não minto, pois ver-me-eis no tribunal de Deus; e o Senhor Deus dir-vos-á: não vos anunciei minhas palavras, que foram escritas por este homem como alguém que clamasse dentre os mortos, sim, como alguém que falasse do pó? (Moro.10:27).
Há algo estranho com relação a aceitar-se a moral ou o conteúdo religioso de um livro enquanto se rejeita a veracidade das declarações, predições e afirmações de seu autor. Essa interpretação não apenas rejeita os conceitos de fé e revelação que o Livro de Mórmon explica e advoga. Essa interpretação nem mesmo representa bom conhecimento.
Neste ponto não posso resistir em recordar as palavras de um valoroso colega e amigo, já falecido. Esse famoso Professor de Direito disse a uma classe de primeiro ano de uma Faculdade de Direito da Universidade de Chicago que juntamente com tudo o mais, um advogado deve ser também um estudioso. E continuou:
Que isso tem seu encanto será recordado a vocês pelas palavra de um velho estudioso judeu: "Lixo é lixo; mas a história do lixo - isso é conhecimento". (4)
Essa fascinante ilustração nos relembra que conhecimento pode pegar o que é mundano e torná-lo sublime. Assim como essa história do lixo. Mas conhecimento, assim denominado, pode também pegar o sublime e torná-lo mundano. Dessarte, meu amigo poderia ter ilustrado seu ponto de vista por dizer, "Milagres são apenas fábulas, mas a história dos milagres, isso é conhecimento." Assim também com o Livro de Mórmon. Aqueles que apenas respeitam este livro como um objeto de conhecimento têm uma perspectiva muito diferente daqueles que o acatam como a palavra revelada de Deus.
Conhecimento e provas físicas são valores universais. Compreendo seu valor, e tenho tido alguma experiência com o uso deles. Tais técnicas falam a muitos segundo sua maneira de compreensão. Mas existem outros métodos e valores, também, e não devemos estar comprometidos com conhecimento que nos leve a fechar nossos olhos e ouvidos e corações àquilo que não pode ser demonstrado pelo conhecimento ou defendido de acordo com provas físicas e raciocínio intelectual.
Para citar outra ilustração, história - até mesmo a história da Igreja - não é redutível a economia ou geografia ou sociologia, embora cada uma dessas disciplinas tenham algo a ensinar quanto a este assunto. Sobre o assunto história, o Presidente Gordon B. Hinckley comentou a respeito dos críticos que espalham informação aviltante e depreciativa a respeito de nossos antepassados.
Reconhecemos que nossos antepassados eram humanos. Sem dúvida cometeram erros... Mas os erros eram de somenos importância, quando comparados com o trabalho maravilhoso que realizaram. Para realçar os erros e interpretar além do maior bem é o mesmo que desenhar uma caricatura. Caricaturas são interessantes, mas são freqüentemente feias e desonestas. Um homem pode ter uma mancha em sua face e ainda ter uma face bonita e forte, mas se a mancha for enfatizada indevidamente com relação a suas outras feições, o retrato estará carente de integridade...
Não temo a verdade. Eu a faço bem-vinda. Mas quero todos os meus atos em seu próprio contexto, com ênfase naqueles elementos que explicam o grande crescimento e poder desta organização. (5)
No capítulo 16 de Mateus, lemos como Jesus ensinou a Pedro o importante contraste entre agir-se sobre o testemunho do Espírito e agir sobre raciocínio dependente da maneira do mundo.
E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipo, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?
E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos Profetas.
Disse-lhes Ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
E Simão Pedro, respondendo disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está no Céu.
Então mandou seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo. (Mateus 16:13-17, 20).
Esse foi o ensinamento do Senhor sobre o valor da revelação pelo Espírito ("Bem-aventurado és tu, Simão Barjona"). Nos três versículos seguintes desse mesmo capítulo 16 de Mateus temos o ensinamento severo do Salvador sobre o contrastante valor do raciocínio desse mesmo apóstolo com relação aos valores mundanos:
Desde então começou Jesus a mostrar a seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia.
E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo: Senhor, tem compaixão de Ti; de modo nenhum Te acontecerá isso.
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, porque me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens. ( versículos 21-23).
Sugiro que fazemos a mesma coisa e merecemos a mesma repreensão como Pedro, sempre que submetemos um testemunho do Espírito ("as coisas que são de Deus") às obras de estudiosos ou ao produto de nosso próprio raciocínio baseado nos valores do mundo (as coisas que "são dos homens").
O raciocínio humano não pode colocar limites a Deus ou diluir a força dos mandamentos e revelações divinos. Pessoas que permitem que isso aconteça identificam-se com os descrentes nefitas que rejeitaram o profeta Samuel. O Livro de Mórmon diz, "Eles começaram a discutir e a discordar entre si, dizendo: Não é razoável que venha alguém como um Cristo"; (Hel.16:17-18). Pessoas que praticam esse tipo de "raciocínio" negam a si mesmos a escolha da experiência que alguém descreveu como nosso coração nos dizendo coisas que nossa mente não conhece. (6)
Tristemente, alguns Santos dos Últimos Dias ridicularizam outros por sua confiança em revelação. Tal ridículo tende a proceder daqueles cujas credenciais acadêmicas são elevadas, mas possuem credenciais espirituais baixas. (7).
O maior significado do Livro de Mórmon é seu testemunho sobre Jesus Cristo como o unigênito de Deus o Pai Eterno que nos redime e salva da morte e pecado. Se um registro ergue-se como preeminente testemunha de Jesus Cristo, como pode não fazer qualquer diferença se o registro é um fato ou uma fábula - se as pessoas realmente viveram e profetizaram de Cristo e foram testemunhas oculares de sua aparição a eles?
Enquanto Jack Welch e eu discutimos o tópico de meu discurso esta manhã, ele observou que essa nova onda de anti-historicidade "pode ser uma nova caçoada na área de Salt Lake City, mas ela tem estado presente em um grande número de outros vizinhanças cristãs por várias décadas."
Em verdade! O argumento de que não faz diferença se o Livro de Mórmon é um fato ou uma fábula é certamente irmão do argumento de que não faz diferença se Jesus Cristo jamais viveu. Com sabemos, existem muitos mestres pseudocristãos que esposam os ensinos e negam o Mestre. Além disso, existem aqueles que até mesmo negam a existência ou o conhecimento de Deus. Sua parte no Mormonismo abraça alguns ensinamentos do Livro de Mórmon mas nega sua historicidade.
Há dois meses, quando eu estava examinando a revista Cronicles, publicada por Rockford Institute (da qual fui diretor por cerca de 15 anos), fui atraído pelo título de uma crítica literária, "Quem precisa de um Jesus Histórico?", (8) e a formidável reputação de seu autor. Jacob Neusner, que é Doutor, Rabi e Professor, fez a crítica de dois livros cujos títulos incluem as palavras "Jesus histórico". Seus comentários são persuasivos quanto ao assunto da historicidade em geral.
Neusner preza esses dois livros, um deles "um livro imensamente poderoso e poético... escrito por um grande escritor que é também um estudioso original e de peso" e o outro "uma obra prima de sabedoria". Não obstante seus tributos à técnica deles, Neusner de forma direta desafia a conveniência do esforço que os autores se impuseram. Seu esforço, típico no mundo dos estudiosos hoje em dia, foi o de usar uma leitura céptica das escrituras mais do que a de um crente, a fim de apresentar um estudo histórico que "distinguiria o fato da ficção, o mito da lenda de acontecimentos autênticos." Em assim procedendo, a leitura céptica dos evangelhos" levou-os a admitir que o Jesus dos Evangelhos não é o Jesus que realmente viveu. Isso ainda lhes causou a suposição de que os historiadores podem conhecer a diferença.
Na descrição seguinte eu tomei a liberdade de parafrasear a crítica de Neusner. Cito, então, suas conclusões:
Nenhum trabalho histórico explica a si mesmo de modo tão sem ingenuidade quanto o trabalho a respeito do Jesus histórico: do começo, meio e fim, a questão é teológica. (9)
Certamente nenhuma questão guarda implicações teológicas mais profundas para os cristãos do que o que a pessoa que acredita ser a incarnação real de Deus, de fato, verdadeiramente falou e realizou aqui na terra. O método histórico, entretanto, que nada conhece do sobrenatural e olha para os milagres com estupefação sem reservas, supõe poder contestá-los. (10)
Demonstrações, entretanto, (históricas ou qualquer outra) a respeito dos fundadores de religião apresentam uma verdade de uma outra espécie. Tais demonstrações não apenas difundem implicações de maior peso, mas elas apelam para fontes distintas da espécie que registram o que George Washington fez certo dia em 1775. Elas são baseadas sobre revelação, não em mera informação; elas clamam, e todos que as valorizam acreditam, que têm sua origem na revelação de Deus ou na inspiração. Esperar que os Evangelhos dêem histórico mais do que verdades evangélicas confunde a verdade teológica com fato histórico, rebaixando-os à medida deste mundo, tratando Jesus precisamente como o oposto do que a cristandade O tem sempre aceitado como sendo, o que é único.
Quando falamos a respeito do "Jesus histórico", todavia, nós dissecamos um assunto sagrado com um bisturi secular, e na confusão das categorias da verdade o paciente morre na mesa de operação; o cirurgião esquece porque fôra feita a incisão; remove o coração e negligencia sua colocação de volta. A afirmação "Um e um são dois", ou "A Convenção Constitucional reuniu-se em 1787", simplesmente não são da mesma ordem que "Moisés recebeu o Torah no Sinai" ou "Jesus Cristo é o Filho de Deus".
O que a evidência histórica pode nos dizer se alguém realmente ressurgiu da morte, ou o que Deus disse ao profeta no Sinai? Não consigo identificar um método histórico igual ao trabalho de examinar o clamor de que o Filho de Deus nasceu de uma virgem. E como os historiadores acostumados a explicar as causas da Guerra Civil falam de milagres, ou os homens ressurgindo da morte, e de outros assuntos relacionados à crença estrangeira? Historiadores trabalhando com casos de milagres produzem algo semelhante ao parafrasear da fé, indiferente a ela, ou meramente simplório. Em seu trabalho nada temos além de teologia mascarada de "história crítica". Se eu fosse um cristão, eu perguntaria porque a coroa da ciência tem agora de ser colocada sobre a cabeça de Jesus reduzido a esta dimensão mundana, acrescentando que aqui está apenas uma outra coroa de espinhos. Em minha visão de Rabi, digo apenas que esses livros são simplesmente monumentalmente irrelevantes. (11)
Desculpem-me por sobrecarregar vocês com esta longa citação, mas espero que concordem com minha conclusão e que o que o Rabi/Professor disse a respeito do Jesus histórico é tão pertinente e persuasivo sobre a questão da historicidade do Livro de Mórmon. (12)
A fim de esclarecer rapidamente, um estudioso expert é um especialista em determinada disciplina. Por definição, ele conhece tudo ou quase tudo a respeito do reduzido campo da experiência humana. Achar que ele nos pode falar algo sobre outra disciplina acadêmica, - esqueça a respeito dos propósitos de Deus e o esquema eterno das coisas, - é no mínimo ingênuo.
Bons estudiosos compreendem as limitações de seus próprios campos, e suas conclusões são cuidadosamente limitadas às áreas de sua experiência. Nesse contexto lembro-me a observação relatada de um velho advogado. À medida que viajavam através de um acampamento pastoril com vacas pastando nos prados verdejantes, um conhecido disse, "Vejam aquelas vacas pintadas". O cauteloso advogado observou cuidadosamente e replicou, "Sim, aquelas vacas estão pintadas, pelo menos deste lado"1. Eu gostaria que todos os críticos do Livro de Mórmon, incluindo aqueles que se sentem compelidos a questionar sua historicidade, fossem pelo menos metade cautelosos a respeito de suas conclusões acadêmicas.
Nesta mensagem ofereci alguns pensamentos a respeito de meia dúzia de assuntos relacionados à historicidade do Livro de Mórmon.
1 - Sobre este assunto, e em muitos outros envolvendo nossa fé e teologia, é importante confiar na fé e revelação tanto quanto no conhecimento.
2 - Estou convencido que a prova secular nada pode provar ou desaprovar a autenticidade do Livro de Mórmon.
3 - Aqueles que negam a historicidade do Livro de Mórmon têm uma difícil tarefa para tentar provar sua negativa. Eles têm também o embaraçoso dever de explicar como eles podem descartar o Livro de Mórmon como sendo uma fábula enquanto prezam algo de seu conteúdo.
4 - Sabemos através da Bíblia que Jesus ensinou seus Apóstolos que, quanto ao importante assunto relativo à sua identidade e missão eles eram "abençoados" por confiar no testemunho da revelação ( "as coisas que são de Deus") e sua ofensa a Ele por agirem de acordo com os valores mundanos de raciocínio ("as cloisas... que são dos homens") (Mat.16:23).
5 - Aqueles estudiosos que confiam na fé e revelação tanto quanto no conhecimento e que aceitam a autenticidade do Livro de Mórmon devem suportar a ridicularização vinda daqueles que desdenham as coisas de Deus.
6 - Também ilustrei que nem todos os estudiosos desdenham o valor da crença religiosa e a legitimidade do sobrenatural quando aplicada à verdade teológica. Alguns até mesmo criticam o "provincialismo intelectual" daqueles que aplicam os métodos de crítica histórica ao Livro de Mórmon.
Encerro com um pensamento sobre diversidade. Diversidade é uma das palavras sonantes de nosso tempo. Apropriadamente usada, é um conceito maravilhoso que encoraja harmonia, amor, e crescimento individual. Mas tal como seu conceito associado de tolerância, ela pode ser mal aplicada para detrimento ou destruição de seus proponentes bem como daqueles à sua volta.
Quanto de tolerância devemos mostrar diante do mal? Toleramos linguagem obscena no púlpito? Que tal doutrina falsa? Deveríamos praticar diversidade em nossos valores pessoais ou associações íntimas?
Se tolerância e diversidade são para ativar seu propósito exaltado, devem ser praticadas inteiramente, em espírito de oração e seletividade, não de forma simples e absoluta. Seria bom se todos que publicamente exaltam a diversidade juntasse uma curta explicação para esclarecer "diversidade em que".
A respeito deste assunto aplaudo as palavras de Patrícia B.Grey de Provo em carta recente enviada ao editor do jornal Deseret News, do dia 20 de outubro de 1993. Sua carta começa por observar que a palavra diversidade, como usada em recentes comunicados públicos, reflete mais "do pensamento político moderno do que revela a verdade." Sua carta continua:
Certamente "Deus estima a diversidade" em quase tudo - exceto na lealdade e crença de Seus seguidores. A Igreja dos Santos do Últimos Dias existe devido à Sua evidente rejeição da diversidade de crenças.
Um rápido exame das escrituras não encontra apoio para tal diversidade dentro da igreja. Ao contrário existe mais de 4~ convites para unificação, incluindo "se vós não sois um vós não são meus."
Amor e compaixão pelo pecador não permite à igreja ignorar premeditadas e repetidas rebeliões (69 referências escriturísticas) ... Rebelião aberta é seguramente um pecado, tanto quanto maldizer alguém pelas costas (15 referências), controvérsias (34 referências) e mais.
Naturalmente a maioria de nós às vezes temos pensamentos rebeldes, dúvidas, tentações, sentimentos de que sabemos melhor do que nossos líderes. A maioria de nós, todavia, resolve isso sem levá-los a público, iniciando controvérsia e desafiando a fé dos outros, ou por convocar uma conferência na mídia....
Não pretendo falar pela Igreja, mas talvez eu represente os milhares de pessoas inteligentes, independentes, cujas almas reagem ao poder espiritual da conferência geral mais do que o exercício mental do Simpósio Sunstone. (13)
Irmãos e irmãs, quão grato somos - todos nós que confiamos no conhecimento, fé e revelação - em busca do que estão fazendo. Que Deus abençoe os fundadores, os que apoiam e trabalham pela Foundation for Ancient Research and Mormon Studies. O trabalho que fazem é importante, é bem conhecido e apreciado.
Testifico de Jesus Cristo, a quem servimos, cuja Igreja é esta. Invoco suas bênçãos sobre vocês, em nome de Jesus Cristo. Amém.
Reconheço as valorosas sugestões a respeito deste assunto, oferecidas pelo Professor John W. Welch.
(1) Anthony A. Hutchinson, "The Word of God is Enough: The Book of Mormon as Nineteenth-Century Scripture", New Approaches to the Book of Mormon (Salt Lake City, Utah: Signature Books, 1993) p.1.
(2) Hugh Nibley, Capítulo 5 de O Mundo dos Jareditas, nas Coletânea das Obras de Hugh Nebley, vol. 5 (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1988) p.237.
(3) Orson Scott Card, Um Contado de Histórias em Sião (Salt Lake City: Bookcraft, 1993), pp.13-15.
(4) Paul M. Bator, "Discurso à Classe de Primeiro Ano", The Law School Record, vol. 35, Primavera de 1989, p. 7.
(5) Em Conference Report, Outubro de 1983, p.68; Ensign, novembro de 1983, p.46.
(6) Veja Harold B. Lee, Stand Ye in Holy Places, (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1974), p.92.
(7) E.g. veja comentários em Dialogue, vol. 26, no.2, Verão de 1993, pp. 211-12.
(8) Crônicas, Julho de 1993, pp. 32-34.
(9) Ibid., p.34.
(10) Ibid., p.32.
(11) Ibid., pp.32-33.
(12) Neusner aparentemente concorda. Veja sua carta ao editor em Sunstone, julho de 1993. Pp. 7-8.
(13) Deseret News, 20 de outubro de 1993, p. A23.
1. - Podia ser que do outro lado as vacas não fossem pintadas. N.T.


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