Os Apóstolos Antigos, Presidente David O. Mckay - Parte 1

~ segunda-feira, 18 de outubro de 2010




PRIMEIRA PARTE
PEDRO



LIÇÃO I FONTES DE LUZ


Todos gostam de ler e ouvir falar sobre grandes homens. As crianças e os adultos têm satisfação em saber como os líderes dos homens no passado fizeram o mundo melhor e mais feliz com seus atos nobres. Após
passarem-se muitos e muitos anos, ainda se vê o bem que esses líderes fizeram ao mundo, despertando
grandes e admiráveis aspirações nos meninos e meninas que hoje em dia desejam imitar esses heróis do
passado.

Todos os meninos têm alguém que representa o seu ideal. Talvez haja mais de uma pessoa representando esse ideal — um menino, por exemplo, pode desejar ser como um bom atleta, como um bom violinista,
e também como um músico algum dia. Podem também desejarem ser como um bom orador. Mas, algumas
vezes, as crianças escolhem maus exemplos para seus ideais. Isto acontece quando lêem maus livros ou
se associam com homens de má índole. Como é infeliz o menino que lê sobre um salteador de estradas ou ladrão e vê despertar em sua jovem mente o desejo de ser como aquele homem mau! Como é infeliz o menino que escolhe para seu ideal um homem que fuma, bebe e passa a vida toda despreocupado e sem trabalhar!

Assim as vidas dos homens são como sinais que nos indicam os caminhos que levam a existências úteis e felizes ou a vidas de egoísmo e miséria. É importante, então, que procuremos, tanto na vida como nos livros,
a companhia dos melhores e mais nobres homens e mulheres.

Carlyle, um grande escritor inglês, diz: "Os grandes homens são sempre boas companhias, não importa sob que ponto de vista sejam considerados. Não podemos olhar, ainda que ligeiramente um grande homem, sem dele ganhar algo. É a fonte de luz perto da qual é útil e agradável estar."

Se você estudar a vida dessas grandes fontes de luz do mundo, aprenderá pelo menos uma coisa, que fez
seus nomes imortais. É o seguinte: cada um deu alguma coisa de sua vida para fazer o mundo melhor. Não passaram seu tempo procurando prazer, ou diversão para si mesmo, mas encontraram sua maior alegria em fazer os outras felizes e mais confortados.

Todos esses bons atos vivem para sempre, mesmo que o mundo jamais tenha conhecimento deles. Há uma história muito antiga que diz que um homem de um outro planeta visitou a terra. Do alto de uma montanha ele olhou para as movimentadas cidades do mundo. Milhares de homens, como formigas, estavam ocupados construindo palácios de prazer e outras coisas que não duram muito. Ao partir de volta, disse: "Toda essa gente está gastando seu tempo para construir frágeis ninhos. Não é de se admirar que fracassem e se envergonhem".

Todos os homens verdadeiramente grandes no mundo construíram algo além de frágeis ninhos. Do fundo de suas mentes e de seus corações, saíram preciosidades que fizeram o mundo mais rico. Realizaram feitos de amor e de sacrifício que inspiraram milhões. Ao assim fazerem, podem ter sofrido; muitos, realmente, tiveram morte prematura, mas todos que assim deram suas vidas, as salvaram. O que fazemos por Deus e nosso próximo, vive para sempre; aquilo que fazemos só para nós não pode durar.

Quando ouvimos qualquer coisa sobre um grande homem, logo queremos saber tudo a seu respeito — onde nasceu, quem eram seus pais, onde viveu, como brincava, com quem brincava, em que espécie de casa
morava, onde ia nadar, onde pescava, etc. Estas coisas ditas a respeito de George Washington e Abraão Lincoln são sempre interessantes. Qual é o menino que não gosta de ouvir a história do pequeno Lincoln que vivia na cabana de troncos no sertão de Indiana? Imaginá- lo entre os ursos e outros animais selvagens? Imaginá-lo sentado ao pé do fogo aprendendo a fazer contas com auxílio de um pedaço de carvão e uma pá
porque não tinha lousa, nem papel e nem lápis? Abraão Lincoln foi um homem grande e bom, e queremos saber tudo a seu respeito, mesmo quando era menino, em parte para que isto nos ajude a ser mais ou menos como ele, pois, como Lincoln escreveu, "os meninos que se dedicam aos livros, aos poucos se tornarão grandes homens".

Infelizmente, muito pouco sabemos a respeito da infância dos apóstolos antigos, sobre quem leremos neste pequeno livro. Naturalmente, podemos imaginar que espécie de meninos eram, se considerarmos a espécie
de homens que se tornaram mas, os pequenos incidentes de sua infância e mocidade, que tenderam a modificar seu caráter e que poderiam nos interessar tanto, apesar de se terem passado mil e novecentos anos, nunca foram escritos e talvez jamais sejam conhecidos. Cresceram e se tornaram adultos antes de terem a oportunidade de prestar ao mundo o trabalho que os imortalizou.

Sob um aspecto, contudo, eram os homens mais favorecidos que o mundo conheceu, porque tiveram o privilégio de estar em contacto diário durante cerca de dois anos e meio, com o Salvador do mundo. Não é de se admirar, portanto, que tenham se tornado grandes, tendo um exemplo de verdadeira grandeza constantemente diante de si. Assim que aprenderam a amar Jesus, quizeram ser como Ele e guardaram os seus ensinamentos e procuraram agir como Ele havia agido. Sem dúvida, será proveitoso para nós se nos familiarizarmos com tais homens.

Pensem bem: o único motivo pelo qual o mundo ouviu falar deles foi por terem encontrado o Salvador e feito
Dele o Guia de suas vidas. Se eles não o tivessem feito, ninguém saberia hoje que tais homens existiram um
dia. Teriam vivido, morrido, e sido esquecidos da mesma forma que milhares de outros homens que em seus dias morreram sem que ninguém tomasse conhecimento de sua existência, da mesma forma como milhares e milhares vivem hoje, desperdiçando sua vida e energias numa vida inútil, escolhendo a espécie errada de homens para seus ideais, dirigindo seus passos à estrada do prazer e indolência, em vez de dirigi-los à
estrada do trabalho. Logo chegarão ao fim de sua jornada na vida e ninguém poderá dizer que o mundo se tornou um pouco melhor por eles terem nele vivido.

Ao fim de cada dia, tais homens deixam o caminho que palmilharam, tão estéril como o encontraram -— não plantam árvores para dar sombra a outros nem roseiras para fazer o mundo mais doce e belo para aqueles que virão — nenhum ato nobre e nenhuma realização qualquer — apenas um caminho infrutífero, estéril, árido, entremeado, talvez, com espinhos e cardos. Mas o mesmo não aconteceu com os discípulos que escolheram Jesus para seu guia. Suas vidas são como jardins de rosas do qual o mundo pode colher belas
flores para sempre.

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