A Fé Precede Milagres, Pres. Spencer W. Kimball ( 1895 - 1985)


“Eu creio que as Dez Virgens representam o povo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e não as pessoas comuns do mundo. Todas  as virgens, tanto as sábias, quanto as néscias, tinham aceito o convite para a ceia nupcial; elas tinham conhecimento do programa e haviam sido avisadas sobre o importante dia que chegaria. Elas não eram gentios, os ateus, ou os pagãos, nem eram necessariamente corruptas ou réprobas, mas eram pessoas que tinham conhecimento e totalmente não estavam preparadas para os acontecimentos vitais que iriam influenciar sua vida eterna.

 E as tinham o evangelho salvador e exaltador, mas não tinham feito dele o centro de sua vida. Elas sabiam o caminho, mas deram apenas uma pequena medida de lealdade e devoção. Eu vos pergunto: Que valor tem um carro sem motor? Um copo sem água, uma mesa sem comida, uma lâmpada sem óleo?

Buscando suas lâmpadas para iluminar o caminho através das trevas, a metade delas encontrou-as vazias. Essas cinco virgens desprevenidas foram néscias e enganaram a sim mesmas. Aparentemente o noivo teve bons motivos para demorar-se; o tempo passou e ele não tinha chegado. Elas ouviram falar sobre sua vinda por tanto tempo e por tantas vezes, que essa afirmativa aparentemente se lhes tornou sem significado. Será que ele virá? Há tanto tempo estiveram esperando,  que acabaram pensando que ele nunca mais viria. Talvez fosse apenas um mito.

Centena de milhares de nós, hoje em dia, está na mesma posição. A confiança foi enfraquecida e a paciência diminuiu. É tão difícil esperar e estar sempre preparado, mas não devemos adormecer.  O Senhor nos deu essa parábola como um aviso especial.

A meia-noite a notícia vital se ouviu: Eis que o noivo chega, correi para encontrá-lo. Então todas as virgens se levantaram e prepararam suas lâmpadas.

Até mesmo as virgens néscias fizeram isto, mas já tinham usado todo o óleo das lâmpadas e não possuíam mais nenhum para enchê-las. Elas procuraram compensar o tempo perdido, mas muito tarde; só agora começavam a ficar cientes da tragédia de não estarem preparadas. Elas haviam sido ensinadas; haviam sido avisadas durante toda a vida...

As néscias pediram às outras que repartissem seu óleo, mas a preparação espiritual não pode ser partilhada num instante. As sábias tinham que ir, ou o noivo não seria bem recebido, e precisavam de todo o óleo para si mesmas; não podiam salvar as néscias. A responsabilidade era individual.

Isso não foi egoísmo ou indelicadeza. A espécie de óleo que é necessário para iluminar o caminho e romper a escuridão não é partilhável. Como é possível partilhar a obediência ao princípio do dízimo, a mente tranqüila por um viver digno, e o conhecimento acumulado? Como pode alguém partilhar a fé e o testemunho, as atitudes, a castidade? Como partilhar os privilégios das ordenanças do templo ou as experiências de uma missão? Cada um deve obter essa espécie de óleo por si mesmo.

As virgens néscias não eram avessas à compra de óleo, e sabiam que deviam tê-lo em reserva. Elas simplesmente deixaram para a última hora, não sabendo quando chegaria o noivo.

Na parábola, o óleo pode ser comprado no mercado. Em nossa vida o óleo da preparação é acumulado gota por gota através de um viver digno. Assistir às reuniões sacramentais acrescenta óleo às nossas lâmpadas, gota por gota, com o passar dos anos. Jejum, oração, ensino familiar, controle dos apetites físicos, pregar o evangelho, estudar as escrituras, cada ato de dedicação e obediência é uma gota acrescentada a nossa reserva. Atos de bondade, pagamentos de ofertas e dízimos, pensamentos e atos castos, casamento no convênio para a eternidade, estes também fornecem de forma importante o óleo com o qual podemos, à meia-noite, reabastecer nossas lâmpadas vazias. (Faith Precedes the Miracle, PP. 253-256)


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Confie No Senhor, Élder Richard G. Scott


“Existe absoluta garantia de que, no tempo do Senhor, a solução virá, a paz irá prevalecer e o vazio será preenchido.”


É muito difícil quando as orações sinceras sobre algo que desejamos ardentemente não são respondidas da maneira que gostaríamos. É ainda mais difícil quando o Senhor diz “não” a um pedido digno que poderia trazer-nos muita alegria e felicidade, seja para sobrepujar uma doença ou a solidão, recuperar um filho desobediente, lutar contra uma deficiência física ou desejar que a vida de um ente querido que está se esvanecendo seja prolongada. Receber uma resposta positiva nesses casos parece justo e congruente com nossa felicidade. É difícil entender por que, ao nos empenharmos profunda e sinceramente no exercício da fé e vivermos em obediência, não conseguimos os resultados desejados.
Ninguém deseja infortúnios. As provações, decepções, tristeza e pesar são provenientes de duas fontes diferentes. Aqueles que transgridem as leis de Deus sempre enfrentarão esses desafios. A outra razão para a adversidade é o cumprimento dos desígnos de Deus em nossa vida a fim de que nos purifiquemos com a provação. É de importância vital que cada um de nós identifique a fonte dessas provações e desafios, uma vez que a medida corretiva a ser tomada varia muito.
Caso estejamos sofrendo os desalentadores efeitos da transgressão, devemos reconhecer que o único caminho que traz alívio permanente para a tristeza é o arrependimento sincero, com o coração quebrantado e o espírito contrito. Reconheçamos nossa dependência total do Senhor e a necessidade de harmonizar nossa vida com os ensinamentos Dele. Não existe realmente nenhuma outra maneira de conseguir cura e paz duradouras. Adiar o humilde arrependimento atrasará ou impedirá a obtenção de ajuda. Reconheçamos nossos erros e procuremos auxílio imediatamente. Nosso bispo é um amigo com as chaves de autoridade para ajudar-nos a encontrar paz de espírito e conforto. O caminho ser-nos-á aberto para que tenhamos forças para arrepender-nos e sermos perdoados.
Agora gostaria de dar algumas sugestões aos que se deparam com a segunda fonte de adversidade, a provação que um sábio Pai Celestial decida ser necessária, mesmo quando se está vivendo em retidão e se é obediente a Seus mandamentos.
Exatamente quando tudo parece estar indo bem, desafios diferentes freqüentemente aparecem ao mesmo tempo e em doses múltiplas. Quando os problemas não são conseqüência de desobediência, eles evidenciam que o Senhor sente que estamos preparados para crêscer.(Ver Provérbios 3:4-12) Ele proporciona experiências que nos ajudam a crescer, compreender e ter compaixão, e que nos aperfeiçoam para nosso benefício eterno. Tirar-nos de onde estamos e levar-nos para onde Ele deseja que estejamos exige muito esforço causando, geralmente, dor e desconforto.
Ao depararmos com a adversidade, somos levados a fazer muitas perguntas. Algumas têm propósito outras não. Fazer perguntas como “Por que isto tinha de acontecer comigo?”, ou “Por que tenho que passar por isso agora?”, “O que foi que fiz para causar isso?”, não nos levará a lugar algum. Não ajuda nada fazer perguntas que reflitam oposição à vontade de Deus. Em vez disso, pergunte: “O que devo fazer?” “O que devo aprender com essa experiência?” “No que preciso mudar?” “A quem devo ajudar?” Como lembrar das muitas bênçãos em época de provação? É muito difícil abrir mão de nossos desejos pessoais arraigados em favor da vontade de Deus. No entanto, quando suplicamos com real convicção: “Mostra-me a Tua vontade”, e “Seja feita a Tua vontade”, estamos em posição favorável para receber a maior ajuda possível do nosso Pai amoroso.
Esta vida é uma experiência de profunda confiança-confiança em Jesus Cristo, em Seus ensinamentos, em nossa capacidade de, guiados pelo Santo Espírito, obedecer os ensinamentos para termos felicidade agora, e termos uma existência eterna de suprema felicidade. Confiar significa obedecer de boa vontade, mesmo sem conhecer os resultados. A fim de produzir frutos, a confiança no Senhor deve ser mais forte e duradoura que a contiança em nossos sentimentos pessoais e nossa experiência.
Exercer fé significa confiar que o Senhor sabe o que está fazendo conosco e que Ele o faz para nosso eterno bem, mesmo que não compreendamos como Ele conseguirá fazê-lo. Somos como bebês quanto ao entendimento de assuntos eternos e do impacto que nos causam aqui na mortalidade. No entanto, às vezes agimos como se soubéssemos tudo. Ao passarmos por provações pelos Seus propósitos, uma vez que confiamos Nele, e exercitamos fé, Ele nos ajudará. Tal ajuda virá, geralmente passo a passo, um pouco de cada vez. Em cada fase, a dor e a dificuldade causadas pelo crescimento continuarão. Se tudo fosse resolvido quando solicitado da primeira vez, não haveria crescimento. O Pai Celestial e Seu Filho Amado amam-nos com perfeição. Eles jamais exigiriam que passássemos por um momento dificil além do que absolutamente necessário para nosso benefício pessoal ou daqueles que amamos.
Em tudo, o Mestre é o exemplo perfeito. Quem poderia ter pedido com mais fé, maior obediência ou mais completo entendimento do que Ele quando implorou ao Pai no Getsêmani: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. (Mateus 26:39) Duas vezes mais Ele suplicou: “Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.” (Mateus 26:42; Ver também vers. 44.)
Quão grato sou por ter o Salvador nos ensinado que devemos concluir as orações mais profundas e sinceras pelo que há de mais importante para nós, dizendo: “Faça-se a tua vontade.” Seu desejo de submeter-se à vontade do Pai não irá alterar aquilo que Ele, sabiamente, decidiu fazer. Mas certamente mudará os efeitos dessas decisões sobre nós próprios. O exercício correto do livre-arbítrio permite que as decisões do Pai produzam bênçãos ainda maiores em nossa vida. Descobri que, devido ao desejo do Pai que cresçamos, Ele nos dará inspiração quase imperceptível, e se estivermos dispostos a aceitar sem reclamações, Ele a aumentará até que se torne uma clara indicação de Sua vontade. Compreenderemos isso devido a nossa fé e desejo de fazer o que Ele pede, mesmo que seja contrário a nossa vontade.
Nosso Pai Celestial convida-nos a falar de nossas necessidades, esperanças e desejos a Ele. Isso não deve ser feito em espírito de negociação, mas sim como desejo de obedecer a Sua vontade acima de tudo. O convite “pedi e recebereis” (3 Néfi 27:29) não garante que receberemos o que desejamos, mas sim de que se, formos dignos, receberemos o que precisamos, na opinião de um Pai que nos ama com perfeição e deseja nossa felicidade eterna mais do que nós mesmos.
Testifico que quando o Senhor nos fecha uma porta, Ele demonstra Seu amor e compaixão contínuos ao abrir muitas outras portas em troca, quando demonstramos fé Ele colocará raios de sol espirituais para iluminar-nos o caminho, geralmente logo depois do ápice da provação, como evidência da compaixão e amor do Pai onisciente. Eles indicam o caminho que leva a maior felicidade, mais compreensão e fortalecem nossa determinação de aceitarmos e sermos obedientes à vontade Dele.
É uma bênção maravilhosa ter fé no Salvador e ter um testemunho de Seus ensinamentos. São poucos os que neste mundo possuem essa luz radiante como guia. A plenitude do evangelho restaurado dá-nos visão, propósito e entendimento. Permite-nos enfrentar o que de outro modo pareceria ser um desafio injusto e incoerente. Aprenda essas proveitosas verdades ponderando sobre o Livro de Mórmon e outras escrituras. Procure entender esses ensinamentos não somente com a inteligência mas também com o coração. A verdadeira felicidade duradoura, acompanhada de força, coragem e capacidade de sobrepujar as maiores dificuldades, vem como resultado de uma vida centralizada em Jesus Cristo. A obediência a Seus ensinamentos proporciona uma base sólida sobre a qual edificar. Isto requer grande empenho. Não existe garantia de resultados imediatos, mas existe absoluta garantia de que, no tempo do Senhor, a solução virá, a paz irá prevalecer e o vazio será preenchido.
Recentemente, um grande líder, que estava sofrendo devido aos problemas causados pela idade avançada, disse: “Sou grato por ter o que tenho.” Há sabedoria em abrir as janelas da felicidade, reconhecendo as muitas bênçãos que recebemos.
Não nos deixemos abater pelas adversidades. Tentemos entender o que for possível. Faça o que estiver a seu alcance e deixe a questão nas mãos do Senhor por um tempo enquanto serve outros de maneira digna, antes de voltarmos a nos preocupar com o assunto.
Devemos compreender que, ao lutarmos com um problema e ficarmos tristes, podemos ter paz e júbilo ao mesmo tempo. Sim, a dor, a decepção, a frustração e o sofrimento podem ser cenas temporárias no palco da vida. Por trás delas, pode haver um fundo de paz e segurança de que o Pai amoroso irá cumprir Suas promessas. Somos dignos de tais promessas se estivermos determinados a aceitar a vontade Dele, compreender o plano de felicidade, receber todas as ordenanças e guardar os convênios que asseguram o cumprimento das mesmas.
O plano do Senhor é o de exaltar-nos para que vivamos com Ele e sejamos ricamente abençoados. A rapidez com que isso acontece é geralmente determinada por nossa capacidade de amadurecer, crescer, amar e dedicar-nos ao próximo. Ele está preparando-nos para sermos deuses. Não compreendemos perfeitamente o que isto significa mas Ele sabe. Ao confiar, buscar e seguir a vontade Dele, receberemos bênçãos que nossa mente limitada não compreende aqui na Terra. Nosso Pai Celestial e Seu Santo Filho sabem melhor do que nós mesmos o que nos traz felicidade. Eles nos deram o plano de felicidade. Quando o seguirmos, a felicidade será nosso galardão. Ao obedecermos voluntariamente, recebermos e honrarmos as ordenanças e convênios desse plano sagrado, receberemos a máxima satisfação nesta vida; sim, momentos de imensa felicidade. Preparar-nos-emos para uma eternidade de vida gloriosa com nossos entes queridos que também se qualifiquem para esse reino.
Sei que os princípios dos quais falamos são verdadeiros, pois foram comprovados por penosas experiências pessoais. Reconhecer a mão do Senhor em nossa vida e aceitar a vontade Dele sem reclamar é o início. Esta decisão não elimina de imediato as batalhas que enfrentamos ao crescer. Mas testifico que é a melhor maneira de encontrar força e compreensão. Ela nos libertará dos becos sem saída de nosso próprio raciocínio, e permitirá que nossa vida tenha significado e seja produtiva, em circunstâncias nas quais ficaríamos sem saber como prosseguir. (Ver D&C 24:8.)
Testifico-lhes que temos um Pai Celestial que nos ama. Testifico-lhes que o Salvador deu Sua vida para nossa felicidade. Eu O conheço. Ele compreende cada uma de nossas necessidades. Sei com toda certeza que se aceitarmos Sua vontade sem reclamar, Eles irão abençoar-nos e apoiar-nos. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

(A Liahona, janeiro de 1996, pp. 17-19)


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A Crucificação de Jesus Cristo


A crucificação começa. Oferecem a Jesus uma mistura de vinho e mirra, um composto analgésico suave, que Ele recusa-se a aceitar. Ordenam a Simão que coloquem a trave que carregava no chão e Jesus é rapidamente jogado para trás, seus ombros batendo contra a viga de madeira. O legionário apalpa a depressão no centro do pulso. Em seguida, atravessa-a com um cravo de ferro, pesado e sextavado, até esse penetrar a madeira. Passando para o outro lado, repete a ação, tomando o cuidado de não deixar os braços muito estendidos, a fim de permitir um pouco de movimento e de flexibilidade. A trave, em seguida, é erguida até quase o topo do poste. No alto, lê-se o título: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”, que ali fora afixado.

O pé esquerdo é pressionado contra o direito e ambos os pés são puxados para ficarem estendidos, com os artelhos para baixo. Um outro cravo perfura os dois pés, sobre o arco de cada um, deixando os joelhos ligeiramente flexionados. Dessa forma, a vítima é fixada na cruz. À medida que Ele desliza para baixo devido ao próprio peso, uma dor cruciante atinge os pulsos, prolonga-se pelos dedos e pelos braços até explodir no cérebro – os cravos nos pulsos colocam tremenda pressão sobre os nervos mediais. Quando ele tenta erguer-se para evitar o tormento desse alongamento, seu peso total recai sobre o cravo que fixa os pés. Uma vez mais, Ele sente a intensa agonia do cravo rasgando os nervos que unem os ossos do metatarso..

Nesse ponto, outro fenômeno terrível ocorre. Quando os braços fatigados começam a sofrer com ondas de cãibras que torcem os músculos, uma dor profunda, latejante e inexorável percorre-os de cima a baixo. As cãimbras impedem que Ele se erga como antes. Com os braços estendidos, os músculos peitorais ficam paralisados, enquanto os intercostais ficam impossibilitados de mover-se. É ainda possível inspirar e encher os pulmões, mas é impossível expelir o ar. Jesus luta para erguer-se a fim de conseguir pelo menos um pouco de fôlego. Finalmente, o dióxido de carbono acumulado nos pulmões e na corrente sangüínea faz com que a cãibras cedam parcialmente. Em espasmos, Ele consegue erguer-se um pouco para exalar o ar retido nos pulmões e sugar o oxigênio que lhe restaura um pouco de vida. Sem dúvida, foi em momentos desse tipo que Ele pronunciou as sete pequenas frases que estão registradas.

A primeira delas, ao observar os soldados romanos jogando dados para disputar seu manto, foi: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”

A segunda, olhando o ladrão penitente, dizia: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso.”

Olhando para o jovem e estarrecido João, o amado, disse-lhe: “Eis aí tua mãe.” Em seguida, olhando para Sua mãe, concluiu: “Mulher, eis aí o teu filho.”

A quarta, em meio a um gemido, era a repetição do início do Salmo 22: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonastes?”

Horas de dor infinita, de ciclos de agonia, de cãibras insuportáveis, de asfixia parcial e intermitente, de dor lancinante causada pela laceração dos tecidos das costas ao tentar firmar-se contra a madeira áspera.  Aí, tem início outra agonia. Um dor profunda e terrível espalha-se pelo peito à medida que o pericárdio enche-se de fluídos e começa a comprimir o coração.

Isso nos lembra outra vez do Salmo 22, versículo 14: “Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram, o meu coração é como cera; derreteu-se no meio de minhas entranhas.”

Está quase consumado. A perda dos fluídos nos tecidos atingiu um nível crítico – o coração comprimido esforça-se mais para bombear o sangue espesso e letárgico por entre os tecidos – os pulmões torturados fazem um esforço frenético para sorver uma golfada de ar que seja. Os tecidos grandemente desidratados enviam ao cérebro suas ondas de estímulos dolorosos.

Jesus balbucia o quinto brado: “Tenho sede.”

Nossa mente se volta então para o profético Salmo 22: “A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar, e me puseste no pó da morte.”

Uma esponja encharcada de vinho barato e azedo, que era a principal bebida dos legionários romanos, é elevada até seus lábios. Ele aparentemente não sorve nem uma gota do líquido. O corpo de Jesus atinge agora o extremis.e Ele consegue perceber o frio da morte espalhar-se por Seus tecidos.  Esse sentimento faz com que Ele sussurre sua sexta frase, quase inaudível:

“Está consumado.”

Sua missão de expiação está concluída. Finalmente, Ele pode permitir que seu corpo morra.

Em um último ímpeto de força, mais uma vez ele se ergue forçando os pés contra o cravo, estica as pernas, toma um profundo fôlego e exclama sua sétima e ultima frase: “Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito.”

O resto sabemos. Para que o Sabáth não fosse profanado, os judeus pediram que os corpos dos condenados fossem removidos das cruzes. O método usual de terminar uma crucificação era a de quebrar os ossos das pernas dos condenados, o que impedia as vítimas de se firmarem sobre os pés. Dessa maneira, a tensão sobre os músculos peitorais não podia ser aliviada e uma rápida asfixia ocorria. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas quando chegaram a Jesus, viram que não era mais necessário.





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Assista aqui o Filme "Santos ou Soldados




Cinco soldados americanos, combatentes na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, tentam voltar ao território aliado após sobreviverem ao histórico Massacre de Malmedy, no qual mais de noventa prisioneiros de guerra americanos foram executados. Filme baseado em fatos reais.



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O Vento Do Senhor, Élder John H. Groberg (do filme "Do Outro Lado do Céu")





A quarta regra de fé declara: “Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do evangelho sã: primeiro, fé no Senhor Jesus Cristo; segundo, arrependimento; terceiro, batismo por imersão para remissão dos pecados; quarto, imposição das mãos para o dom do Espírito Santo”.

Se pensarmos bem, veremos eu o primeiro principio – fé no Senhor Jesus Cristo – fundamenta todos os outros; isto é, é preciso ter fé em Cristo para arrepender-se, para batizar-se e para realizar as ordenanças do evangelho. Jesus tornou o arrependimento possível e deu significado ao batismo. Se Nele tivermos fé, Nele nos arrependemos e seremos batizados. Se não nos arrependermos, recusamos o batismo ou relutamos em guardar os mandamentos, é porque não temos fé suficiente Nele. Assim, arrependimento, batismo e todos os outros princípios do evangelho não estão completamente separados, mas são na verdade prolongamentos da nossa fé em Cristo. Sem fé Nele, pouco do que fizermos terá valor eterno. Com fé, nossas vidas se voltarão para as coisas da eternidade.



Precisamos de uma fé profunda e inabalável em Cristo para perseverar até o fim de nossa vida mortal. Às vezes oramos pedindo força para perseverar e, no entanto, rechaçamos justamente o que nos daria essa força. Freqüentemente buscamos o caminho mais fácil, esquecendo que na verdadeira força nos vem ao superarmos os problemas da vida que exigem de nós mais esforço do que normalmente estaríamos dispostos a fazer. O apostolo Paulo disse: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13). Deixai-me dar um exemplo:

Anos atrás, quando eu era um jovem missionário, fui designado para trabalhar num grupo de dezessete pequenas ilhas do Pacifico Sul. Naquela época, o único meio de transporte era o veleiro. Em virtude de mal-entendidos e das tradições locais, era difícil encontrar pessoas dispostas a ouvir nossa mensagem. Certo dia, contudo, um membro da Igreja nos disse que, se fôssemos a determinada ilha ao pôr-do-sol do dia seguinte, uma família nos estaria esperando no porto para receber palestras.

Que alegria naquela noticia nos trouxe! Foi como se tivéssemos encontrado ouro. Naquele momento eu estava sem companheiro, mas logo encontrei quatro membros que eram marinheiros experientes e que se dispuseram a levar-me à ilha no dia seguinte.



Embarcamos bem cedo. Havia uma brisa agradável que nos impelia velozmente pela costa, através da passagem no recife, levando-nos ao Oceano Pacifico adentro.

Coloque no tempo "7:30"



Viajamos bem nas primeiras horas, mas à medida que o sol se levantava e o barco se afastava da costa, o vento começou a diminuir até cessar por completo, deixando-nos boiando sem rumo no oceano.

Quem entende de navegação sabe que, não se vai a lugar algum. Às vezes há boas brisas sem tempestades ou mar agitado, mas, em geral, eles andam juntos. Assim, os marinheiros não temem as tempestades, pois elas contêm a alma da navegação – vento. O que eles mais temem é falta de vento, ou calmaria.

O tempo foi passando. O sol ficou mais forte e o mar mais tranqüilo ainda. Nada se movia. Logo percebemos que, se o tempo ao mudasse, não chegaríamos nem ao por-do-sol a tempo. Sugeri que orássemos pedindo ao Senhor que nos enviasse um pouco de vento. Afinal, que desejo mais justo um grupo de homens poderia ter? Proferi a oração e, quando abrimos os olhos, nada! Nem um movimento sequer. As velas continuavam paradas e até o murmúrio da água contra o barco cessara. O oceano parecia em mar de cristal.

Com o passar das horas, começamos a ficar desesperados. O mesmo marinheiro idoso sugeriu que nos ajoelhássemos novamente e que cada um orasse em voz alta em favor do grupo. Belas orações suplicantes e cheias de fé subiram então aos céus. Mas quando o último terminou e abrimos os olhos, o calor estava ainda mais intenso e o oceano parecia um gigantesco espelho. Era quase como se Satanás estivesse rindo e dizendo: “Viram? Não vão a lugar algum. Não há vento. Estão em meu poder”.

Pensei: “Há uma família no porto que deseja ouvir o evangelho. Queremos levá-lo a ela, mas estamos aqui no meio do oceano. O Senhor controla as forças da natureza. Nosso único obstáculo é falta de vento. Por que não nos ajuda? É um desejo justo”.

Enquanto assim pensava, vi aquele fiel irmão idoso ir para o fundo do nosso barco e desamarrar o pequeno barco salva-vidas. Colocou seus remos e pinos no devido lugar e abaixou-o com cuidado, ao lado do veleiro.

Olhando para mim, disse suavemente: “Entre”.

Eu perguntei: “O que está fazendo? Não há espaço para nós dois nesse barquinho!”

“Não perca tempo nem energia, venha, vou levá-lo à praia. Se quisermos chegar antes do pôr-do-sol, temos que ir agora.”

Olhei para ele, incredulamente: “Levar para onde?”

“Para a família que quer ouvir o evangelho. Temos uma designação para com o Senhor. Entre.”

Fiquei pasmado. Encontrávamo-nos a uma grande distancia do nosso destino. Alem do mais, o sol estava muito forte e este homem já era de idade. Mas, ao fitar-lhe o rosto, senti no seu olhar decidido uma vontade de ferro e na sua voz uma determinação inquebrantável, ao dizer: “Antes do pôr-do-sol estará ensinando e prestando testemunho  um afmilia que quer ouvir”.

Mais uma vez objetei: ‘O senhor tem idade para ser meu avô. Deixe-me remar”.

Com a mesma determinação movida pela fé, ele respondeu: “Não, eu me encargo disso. Entre no barco e não perca mais tempo falando. Vamos!” finalmente obedeci e entrei no barco. Fiquei na frente e ele sentou-se no mio, com os pés para trás e as costas voltadas para mim.

O barco era o único objeto estranho na superfície do oceano, que parecia  reclamar: “Este é o meu território saiam daqui”. Não havia a menor corrente de ar, o único som era o ruído dos remos e dos pinos, à medida que a pequena embarcação se afastava do barco a vela.

O velho curvou-se e começou a remar: para baixo, para frente, para cima. Cada vez que o remo descia, parecia quebrar a resolução do oceano espelhado. A cada movimento, o barco era impulsionado  para frente, abrindo caminho no mar de vidro para o mensageiro do Senhor. Para baixo, para frente, para cima. O velho não levantou os olhos, não descansou nem conversou, apenas remou horas e horas a fio. A fé fortaleceu-lhes os músculos das costas e dos braços, e ele remou com determinação inalterável, na maravilhosa cadência de um relógio de alta precisão. Foi lindo. Avançamos silenciosa e decididamente  rumo a nosso destino.  O velho concentrou seus esforços e energia no cumprimento do chamado que recebera do Senhor – levar um missionário para ensinar aquela família. Ele foi o vento do Senhor aquele dia.

Mal o sol se pos, o barquinho chegou ao porto, onde a família já estava esperando. Após horas de silencio, o velho abriu a boca, dizendo: “Vá. Ensine-lhes a verdade. Ficarei aqui esperando”.

Caminhei ater a praia e apresentei-me a família. Fui então a sua casa e ensinei-lhe o evangelho. Ao prestar testemunho do poder de Deus nesta Igreja, veio-me à mente o velho tonganês remando para um porto distante e lá esperando pacientemente. Testifiquei com um fervor que nunca sentira antes que o Senhor realmente dá força aos homens para que cumpram a vontade dele, se tiverem fé. Disse à família que, quando exercemos fé no Senhor Jesus Cristo, podemos realizar o que de outra forma não nos seria possível. Disse ainda que, quando decidimos em nosso coração fazer o que é certo, o Senhor nos dá forças.

A família aceitou a mensagem e mais tarde foi batizada.

Poucos terão conhecimento isto, no anais da historia. Quase ninguém ficará sabendo sobre essa ilha quase insignificante, a família que esperou, ou o velho que nem uma única vez reclamou de cansaço ou dor nas costas, que tampouco falou em sede, ou do sol abrasador – simplesmente remou sem cessar, hora após hora. Tudo o que mencionou foi o privilégio de ser o agente do Senhor ao levar um missionário para pregar Sua palavra a alguém disposto a ouvi-la. Mas Deus sabe! Foi ele quem concedeu ao velho a força para ser Seu vento naquele dia, e nos dará força para sermos Seu vento, quando necessário.

Quantas vezes deixamos de agir porque esperamos o vento que nunca vem? Com muita freqüência oramos pra receber coisas boas e, quando ela não vem, ficamos esperando sem fazer nada. Devemos sempre orar pedindo ajuda, mas também escutar a inspiração e as impressões, que nos podem chegar de maneira inesperada. Cinco homens oraram no veleiro, mas só um deu ouvidos ao Espírito Santo e agiu. Deus sem dúvida ouve as nossas orações. Ele sabe mais do que nós. Ele tem uma experiência infinitamente maior que a nossa. Nunca devemos parar por pensar que o caminho está bloqueado ou que a única porta está fechada.

Sejam quais forem nossas tribulações, nunca digamos: ‘Basta”. Só Deus tem esse direito. Nossa responsabilidade é perguntar: “O que mais posso fazer?” ouvir a resposta e agir.

Nunca me esquecerei daquele velho.

Oro que tenhamos cada vez mais de fé no Senhor Jesus Cristo, e que a demonstremos pelas obras. Eu sei que Ele vive e ama. Sei que Ele fortalece e anima. Sei que Ele ajuda e cura. Sei que Ele perdoa e salva.

Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Liahona, Janeiro de 1994.


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O Renascimento do Idioma Hebraico


Durante centenas de anos o idioma hebraico foi quase uma língua morta. Raras pessoas pelo mundo falavam hebraico, e estes usavam o hebraico apenas pelas necessidades das rezas e da religião.

Eliezer Ben Yehuda nasceu em Vilna. Ainda quando era jovem, passou por terríveis pogroms que atormentaram os Judeus na Rússia no final do século XIX. Ele teve então a idéia de que o povo de Israel poderia apenas ser reconstruído na sua terra, e que não havia possibilidade de unificar o povo a não ser que este tivesse uma língua em comum - o hebraico. Ele jurou fazer renascer o idioma hebraico, e transformá-lo numa língua rica e moderna.

Ben Yehuda não só teve a idéia, mas também fez muito para concretizá-la. Ele foi morar em Israel e se estabeleceu em Jerusalém. No mesmo dia jurou falar com seu filho apenas em hebraico. Assim, quando nasceu seu primogênito, este ouviu de seus pais apenas o idioma hebraico. Assim foi criada em Israel a primeira casa 'hebraica'.

Na mesma época, falavam-se em Israel diversos idiomas, e os remanescentes do antigo ishuv falavam idish. Ben Yehuda dedicou todos os seus esforços na criação da nova língua hebraica. Ele fundou um jornal em hebraico, no qual divulgava notícias e artigos. Através do jornal aproveitou para divulgar para seus leitores as palavras novas que ele criava. A censura turca era pesada nesta época, e era proibido divulgar declarações consideradas extremistas pelo governo turco; Ben Yehuda então dedicou-se cada vez mais sobre os assuntos da língua. Em 1890 esteve entre os fundadores do 'Vaad HaLashon' - Comissão do Idioma - que foi a instituição precursora da Academia da Língua Hebraica que existe hoje em dia.
O caminho percorrido por Eliezer Ben Yehuda no desenvolvimento da língua hebraica e em sua transformação no idioma do ishuv judaico em Israel não foi fácil. Naquele tempo havia muita gente em Israel que não via com bons olhos o trabalho de Ben Yehuda. Alguns grupos religiosos boicotavam-no, não apenas por ele não ser religioso, mas pelo fato de que o hebraico era considerado lashon hakodesh - o idioma sagrado - e não poderia ser usado no cotidiano das pessoas. Muitos achavam graça em suas 'tentativas artificiais' de criar novos vocábulos para o idioma. Também alguns grupos acadêmicos se opuseram, acreditando que o hebraico poderia ser usado como linguagem simples, cotidiana, mas não no estudo das ciências que exigiam linguagem mais técnica.

Hoje, o trabalho de Ben Yehuda pode ser visto em qualquer lugar. O hebraico é a língua oficial do Estado de Israel, além de ser ensinado a todos os Judeus nas escolas judaicas da diáspora. Novas palavras
foram criadas, e o hebraico possui termos equivalentes para quaisquer linguagens técnicas, cotidianas e gírias modernas.

Autor: Net Judaica
Fonte:
Net Judaica
Publicada em: 21/09/2007 às 14:37


Share/Bookmark ~ quarta-feira, 12 de janeiro de 2011 0 Comentários

Os Missionários Mórmons




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Refrigerantes com Cola





Citações Diversas
Heber J. Grant
Presidente da Igreja, Conference Report, April 1922, p.165

"O Chefe do Departamento de Saúde, Dr. Beatty, pediu-me para dizer aos Santos dos Últimos Dias que existem mais ingredientes prejudiciais na Coca-Cola do que existem no café. E digo aos Santos dos Últimos Dias e é meu direito dizê-lo, porque vocês cantaram quando esta conferência começou:

"Damos graças a ti ó Deus
Por um Profeta, para guiar-nos
Nestes últimos dias;
Damos graças por enviar o Evangelho
Para iluminar nossas mentes com seus raios.
Somos gratos por toda benção
Derramada por tua bondosa mão;
Sentimos prazer ao serví-lo
E amamos obedecer seu comando."

Agora, se vocês compreendem isto, eu não vou lhes dar nenhum mandamento, mas vou lhes pedir isto como um favor pessoal e individual a mim; para deixarem a Coca-Cola.

O Senhor não quer que vocês usem qualquer droga que cria um apetite por si própria".


Joseph Fielding Smith
Presidente do Conselho dos Doze Apóstolos, I E September 1966, p.766-767


"Pessoalmente, eu não tenho conhecimento com relação ao conteúdo das bebidas com Cola e portanto não posso dar um conselho perito. Contudo, eu tenho a declaração de um hábil químico, que as bebidas com Cola possuem cafeína, o elemento tão dominante no café e outros estimulantes. Há uma coisa que eu sei, contudo: esta bebida estimulante não é servida em meu lar, e não importa onde eu esteja; pessoalmente eu a evito. Numa revelação ao Profeta Joseph Smith foi dado a conhecer em sua época que esses dois estimulantes (café e chá) foram incluídos, mas que a revelação não era limitada neste conselho a apenas estas duas bebidas.

Se os membros da Igreja gastassem algum tempo para ler cuidadosamente o que o Senhor disse-lhes na Palavra de Sabedoria, seção 89 de D&C, e então ouvissem essas declarações, eles seriam grandemente beneficiados".


Spencer W. Kimball
Presidente da Igreja, Teachings of Spencer W. Kimball, p.202

"Eu não bebo nenhuma bebida que possua Cola e minha esperança pessoal é que ninguém o faça."


Bruce R. McConkie
Membro do Quorum dos Doze Apóstolos. Mormon Doctrine, p.845

"... Contudo existem muitas outras substâncias que exercem um efeito prejudicial ao corpo humano, apesar de não serem especificamente proibidas na Palavra de Sabedoria.

Certamente a utilização de bebidas com Cola, apesar de não incluídas dentro do padrão aqui estabelecido, estão em violação ao Espírito da Palavra de Sabedoria. Drogas prejudiciais de qualquer natureza estão na mesma categoria".


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Lista de Avaliação Pessoal


Avalie suas orações, considerando estas declarações e outras das quais recorde.

  1. Oro:
a)      Duas vezes por dia ou mais
b)      Uma vez por dia.
c)      Em dias alternados.
d)     Duas vezes por semana ou mais.
e)      Uma vez por semana ou menos.

  1. Geralmente:
a)      Faço orações significativas
b)      Digo sempre a mesma coisa
c)      Vario um pouco minhas orações

  1. Oro por:
a)      Orientação do Espírito Santo
b)      Minha família
c)      Meus amigos
d)     As famílias das quais sou mestre familiar
e)      Meus professores
f)       Sucesso na escola
g)      Força e orientação em coisas especificas
h)      Perdão
i)        Dons do Espírito
j)        Ajuda para tomar decisões corretas.

  1. Acho que durante a oração:
a)      Recebo orientação e inspiração do Senhor
b)      Sinto-me próximo ao Pai Celestial
c)      Estou sempre atento
d)     Geralmente estou alerta
e)      Deixo minha mente divagar ocasionalmnete
f)       Sempre deixo minha mente divagar
g)      Geralmente adormeço.


  1. Quando oro:
a)      Digo ao Senhor em que melhorei
b)      Peço ajuda para melhorar de maneira especificas
c)      Peço bênçãos de maneira geral
d)     Faço uma oração decorada

  1. Em minhas orações:
a)      Agradeço ao Senhor por Sua ajuda em necessidades e problemas específicos
b)      Menciono as coisas pelas quais sou grato, tais como alimento, minha família e a Igreja
c)      Agradeço ao Senhpr por bênçãos em geral
d)     Geralmente esqueço de expressar minha gratidão

  1. Oro em meu coração, penso no Pai Celestial e converso com Ele:
a)      Muitas vezes ao dia
b)      Algumas vezes durante o dia
c)      Raramente
d)     Quase nunca


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Jejum



Jejum é uma palavra usada de formas variadas quando alguém opta por diminuir sua dieta alimentícia o mais próximo do zero, idealmente atingindo o zero, por um período de tempo, geralmente pré-determinado. Existem diversos motivos que levam uma pessoa a fazer jejum, como a greve de fome política, jogos de desafio, vaidade para com o corpo. Os principais motivos, contudo, são religiosos ou medicinais.



Motivo médico

As cirurgias eletivas requerem um mínimo de 8 horas de jejum pré-operatório absoluto, idealmente 12 horas. A importância deste jejum é que durante o ato anestésico o paciente pode vomitar, indo o conteúdo do vômito diretamente para os brônquios, obstruindo a passagem do ar e ocasionando a morte. Além disso, cirurgias realizadas sobre o aparelho digestivo são dificultadas pela presença de alimentos.
Em cirurgias de urgência, como quando o paciente é baleado após um jantar, a técnica anestésica requer vários artifícios para evitar que o paciente aspire o conteúdo gástrico. Durante a cirurgia podem ser retirados diversos tipos de alimentos da cavidade abdominal.
O jejum pode ser necessário também após as cirurgias, por um tempo variável. Nestes casos pode ser necessária a nutrição enteral ou nutrição parenteral para suprir as necessidades do doente.

Motivos Religiosos

Cada religião tem um modo diferente de abordar a prática do jejum.


Católicos

Igreja Católica distingue entre jejum e abstinência. O jejum é a abstinência total de comida e bebida (com excepção da água) enquanto que a abstinência é abster-se de alguma coisa que seja mais pesada ou mais cobiçada.
Durante toda a Quaresma é proposta aos Católicos a abstinência a fim de que estes possam experienciar os quarenta dias que Jesus jejuou no deserto. Durante esse período é proposto que se abstenham de comer ou fazer algo e que o dinheiro que sobre dessa abstinência seja entregue a boas causas. Nas Sextas-feiras da Quaresma é proposta a abstinência de carne, por esta ser um alimento mais pesado e tradicionalmente mais caro.
Na Sexta-Feira Santa e na Quarta-Feira de Cinzas é proposto o jejum desde o acordar até ao deitar.
O jejum não é proposto a pessoas em condições especiais de vulnerabilidade: crianças, enfermos, viajantes, pessoas idosas ou muito fracas, e mulheres grávidas.
Os Pastorinhos de Fátima faziam frequentemente jejum pela expiação dos pecados do mundo.


Protestantes

Os evangélicos e protestantes não tem datas específicas para jejuar. O jejum é baseado no sentido bíblico literal, que é uma forma de 'matar a carne'. Quando você 'mata a carne', você está fortalecendo o seu espírito, vencendo motivações egoístas e assim, se aproximando mais de Deus. O jejum pode ser a abstinência não só de alimentos e liquidos, mas de qualquer coisa ou hábito que tenha se tornado 'indispensável', como forma de entrega e dependência real de Deus. O jejum eficaz é acompanhado de leitura bíblica e oração. Ele também varia de acordo com a idade, condição de saúde, necessidade de esforço entre outros. O modo de se jejuar no meio evangélico é fazer uma oração dizendo a Deus que a partir daquele horário ele estará jejuando, e, quando o jejum terminar, ele (ou a Igreja) fazem uma consagração, entregando o jejum nas mãos de Deus. Jejuando, a pessoa fica mais forte espiritualmente e mais resistente ao inimigo, porém não se deve demonstrar para as pessoas que está em jejum, este ato é uma particularidade entre o homem e Deus.


Gandhi

Mahatma Gandhi teria feito jejum dezessete vezes, sempre em solidariedade às pessoas que passavam fome ou para protestar contra a violência, lutando para libertar seu povo de forma não-violenta.


Judeus

Os judeus fazem jejum no Dia do Perdão (Yom Kippur). Do pôr-do-sol de um dia ao pôr-do-sol do outro dia, eles não comem e não bebem nada, nem mesmo água.


Muçulmanos

Os muçulmanos jejuam do amanhecer ao pôr-do-sol do mês festivo do Ramadão para que todos os seus pecados sejam perdoados. Após o pôr-do-sol, comem frugalmente.


Santos dos Últimos Dias

Os santos dos últimos dias (também conhecidos como mórmons) são encorajados a praticar o jejum completo (abstinência total de alimentos e líquidos) durante um período que inclua duas refeições (aproximadamente 24 horas), em todo primeiro sábado/domingo* de cada mês. (*Iniciando no almoço ou jantar do sábado e concluindo na mesma refeição no domingo.) O jejum também pode ser praticado durante outros dias do mês, conforme a vontade do praticante, sendo a prática do mesmo no primeiro domingo reforçada por uma reunião especial, onde os santos dos últimos dias têm a liberdade de relatarem suas experiências pessoais e prestarem testemunho de suas crenças. Durante o jejum, os praticantes mórmons se dedicam mais especificamente à leitura e estudo das escrituras e à oração. A quantia que seria gasta no preparo dessas duas refeições é doada para um fundo específico da Igreja, que o utiliza para tratar dos necessitados. Os santos dos últimos dias consideram o jejum como um meio de desenvolver auto-controle, buscar bênçãos divinas e refinar o espírito.


Sã Doutrina Espiritual do Sétimo Dia

Os membros da Sã Doutrina Espiritual do Sétimo Dia (também conhecidos como crente-espiritual) praticam o jejum completo (abstinência total de alimentos e líquidos) durante períodos determinados, normalmente aos sábados, iniciando à zero hora, e concluindo ao meio dia, ou ainda às 18:00 horas), em todos os momentos que necessite fazer uma oferta per si, ou ainda em benefício de um irmão, parente, ou amigo. Durante o jejum, os praticantes se dedicam mais especificamente à leitura e estudo das escrituras, à oração, e ao cultivo de cânticos (hinos).Os crentes da doutrina consideram o jejum como um meio de buscar bênçãos divinas, do desenvolvimento de dons, de encontrar entendimento espiritual, e refinar o espírito.


Fé Bahá'í

Jejum Bahá'í, consiste em que no último mês do Calendário bahá'í, que compreende o período de 2 a 21 de março, os bahá'ís abstêem-se de alimentos e bebidas do nascer ao pôr-do-sol.O jejum não é obrigatório para crianças, enfermos, viajantes, pessoas idosas ou muito fracas, gestantes ou os que possuem trabalhos pesados. Embora essa abstinência seja realizada fisicamente, a ideia dessa prática é de origem espiritual, representa a purificação do corpo através do desprendimento a desejos mundanos ou egoístas.

fonte: Wikipédia


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Razões para jejuar, Élder Bruce R. McConkie


“O jejum acompanhado da oração serve para aumentar a espiritualidade. Aumenta nossa devoção e amor a Deus. Desenvolve a fé no corações dos homens, garantindo assim o favor divino. Para encorajar a alma humilde e contrita. Para ajudar-nos a adquirir mais retidão. Para ensinar ao homem a sua nulidade e dependência de Deus. (and to hasten those Who properly comply with the Law of fasting along the path to salvation - traduzir)
São muitas as razões especificas para jejuar encontradas nas escrituras.
· É uma obrigação geral dada por revelação para os membros da Igreja (in good standing). (D&C 59:13-14; 88:76; Lucas 5:33-35; 2 Coríntios 6:5; 11:27.);
· É por si só um padrão de verdadeiro serviço a Deus. (Lucas 2:37; Atos 9:9; Alma 45:1; 4 Néfi 12.);
· É apropriado jejuar pelos enfermos (2 Samuel 12:16);
· Para bênçãos especiais (Mosias 27:22-23);
· Para adquirir um testemunho (Alma 5:46);
· Para receber revelação (Alma 17:3; 3 Néfi 27:1; Exodo 34:28; Deuteronomio 9:9, 18);
· Para a conversão de não-membros à verdade (Alma 6:6; 17:9);
· Para orientação na tomada de decisão dos oficiais da Igreja (Atos 13:3);
· Como uma prática dos justos quando estão em lamentação e tristeza (Alma 28:2-6; 30:2; Helamã 9:10);
· Como uma maneira de santificação da alma (Helamã 3:35);
· E como um guia ao longo do caminho que nos leva a salvação. (Omni 26)
Os Templos são casas de jejum. (D&C 88:119; 95:16; 109:8, 16.) Para ser aceitável, o jejum deve estar de acordo com a Lei do Senhor e não deve ser feito por razões hipócritas. (Mateus 6:16-18; 3 Néfi 13:16-18.)” (Mormon Doctrine, pg. 276.)


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